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Conhecida por estimular a leitura da população, Morro Reuter habitualmente se utiliza de livros para incentivar a busca pelo conhecimento. Desde esta segunda-feira (7), porém, obras literárias também protegem a Praça Municipal José Paulo Sabá Meyrer.
A iniciativa de decorar o muro com livros foi aprovada por alguns moradores que transitavam pela praça na tarde de segunda-feira. A Liane Meurer, 59 anos, por exemplo, tentava encontrar os livros que já leu expostos.
"Por enquanto já encontrei Iracema e O Aniversário do Tiltapes", contou, enquanto caminhava com os netos Givoanna, 7, e Lucca, 2.
"Achei a ideia de colocar as lombadas de livros no muro muito interessante. Ficou bem bonito e colorido. Aposto que quem for de fora e vier aqui vai querer tirar fotos", avalia Liane.
Além do quesito estético, ela valoriza o fato de que a iniciativa possa estimular a leitura. "Valorizo muito os livros e tento passar isso para os meus netos. É um hábito que ajuda muito no desenvolvimento, na pronúncia, no vocabulário e em muitos outros aspectos da vida."
Secretária de Educação de Morro Reuter em pelo menos 10 dos 30 anos da cidade, a prefeita Carla Chamorro se orgulha de a cidade ser lembrada como "município da leitura". "Já conseguimos muito reconhecimento e até prêmios por isso", pontua.
Esse prestígio acaba estimulando novos e mais volumosos investimentos públicos em leitura, gerando uma cadeia que se retroalimenta, proporcionando educação e cultura à população.
Um exemplo deste orgulho pela leitura está na entrada da cidade: o Obelisco de Livros. O monumento inaugurado em 2004 tem 10 metros de altura e é formado por uma pilha com 72 livros.
Para celebrar as três décadas de emancipação do município, o local será revitalizado. A temática obviamente são os livros.
"Os bancos do entorno, por exemplo, serão alterados para também partilharem do nosso gosto pela literatura", adianta a prefeita.
A grande casa dos livros de Morro Reuter também não poderia ficar de fora da celebração de aniversário da cidade. "Muito em breve a biblioteca mudará para um prédio próprio e com mais espaço os livros", destaca Carla.
E o caso da Helena não é exceção. Situação semelhante é relatada por Nelci Stur, 60 anos, avó de Manuela, 5. "(A leitura) É um estímulo importante e a Manu gosta de livros desde que era bem pequena. Acho muito legal esse apreço dela pelos livros", afirma Nelci, que ainda compara a educação da neta com a que teve. "Não tinha esses incentivos todos. Evoluiu muito."
