Um conjunto de 13 postes aliado a uma confusão administrativa travam desde o início do ano as obras de acesso à BR-116 em Dois Irmãos. Iniciadas em outubro de 2021, as construções de acessos nos trechos da Colônia Japonesa e no bairro Travessão precisaram ser paralisadas no início de 2022 devido ao entrave causado por postes de energia nos locais, que de acordo com a prefeitura, impedem o andamento da obra.
De acordo com o governo municipal, os pedidos de remoção dos 12 postes de energia da Colônia Japonesa e de um poste no Travessão foram feitos entre outubro e novembro do ano passado. Inicialmente a RGE, empresa responsável pela rede de energia, projetou a retirada dos mesmos até o final de janeiro. Entretanto os postes não foram retirados e, de acordo com o prefeito de Dois Irmãos, Jerri Meneghetti (PP), a concessionária deu um novo prazo, agora para março.
Entretanto, para que pudesse agir, a vencedora da licitação precisava de uma autorização da RGE, e aí começam as versões contrastantes. De acordo com o prefeito de Dois Irmãos, a concessionária de energia elétrica afirmou ao poder público que a Pires e Silva não fez todos os procedimentos necessários via sistema para obter a autorização.
Por sua vez, a empresa contratada pelo governo municipal alegou que “o sistema não estava acessível”, de acordo com o prefeito Jerri Meneghetti. “Enquanto perdurou essa situação perdemos alguns dias, mas finalmente fomos informados que o serviço está liberado e com data marcada para desligamento da rede.” Agora, a autorização foi dada, e o prazo para a retirada dos postes de energia e retomada das obras é 15 de março.
Além dos dois acessos na Colônica Japonesa e no bairro Travessão, também estão previstas obras iguais no Distrito Industrial e no Distrito Industria. A previsão é que estas obras comecem a partir do segundo semestre deste ano. “Já estamos trabalhando nos outros toda a parte de entorno, como remoção de postes, desapropriação, etc. Para que, quando o DNIT sinalizar a intenção de início, estaremos com tudo liberado, sem perda de tempo”, afirma Meneghetti.
Procurada pelo Jornal NH, a RGE não respondeu aos questionamentos até o fechamento da reportagem.