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Notícias | Região ESTIAGEM

Se o Sinos continuar baixando, captação de água para lavouras de arroz pode ser suspensa

Resolução que estabelece critérios para bombeamento foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do Estado

Por João Ávila
Publicado em: 23.02.2022 às 10:18 Última atualização: 25.02.2022 às 18:01

Produtores de arroz que dependem da bacia do Sinos poderão ter problemas para irrigação das lavouras, caso a estiagem que castiga o Rio Grande do Sul afete ainda mais o nível do rio. Para evitar necessidade de racionamento, uma resolução da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), publicada nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial do Estado (DOE), estabelece critérios para o bombeamento de água destinado à produção rural.

Conforme o documento, a captação pode ser suspensa se o nível do Rio dos Sinos marcar 50 centímetros ou menos na régua do Semae, em São Leopoldo, ou indicar índice igual ou inferior a 1,30 metro no trecho de captação de água pela Corsan, em Campo Bom.

Captação de água para lavouras de arroz pode ser suspensa
Captação de água para lavouras de arroz pode ser suspensa Foto: Diego da Rosa/GES
Em São Leopoldo, na manhã desta quarta-feira, o nível do rio estava em 1,50 metro. Já em Campo Bom, a marca era de 1,59.

O ato administrativo do Estado segue orientações de resolução do Conselho de Recursos Hídricos. Uma vez interrompida, a retomada da captação estará liberada a partir do restabelecimento dos níveis de referência.

O documento também chama para a responsabilidade o Semae (São Leopoldo), a Comusa (Novo Hamburgo) e a Corsan, que devem informar diariamente, até as 17 horas, os níveis do Rio dos Sinos nos seus respectivos pontos de captação de água para abastecimento público. Além disso, devem as companhias promover campanhas de sensibilização para uso racional da água pela população.

No boletim desta terça-feira, o nível do rio em São Leopoldo, na captação do Semae, está em 1,40 metro, abaixo do nível de normalidade, que é entre dois metros e 2,50 metros.

Alexandre Velho, da Federarroz, entende a resolução e diz que "num momento de escassez, não tem como privilegiar a lavoura e deixar a população desassistida". A diretoria da entidade, explica, tem consciência da situação de que podem faltar recursos hídricos. Sobre eventuais prejuízos à produção, garante que é cedo para se manifestar. "Primeiro é preciso ver quantos hectares podem ser atingidos."

Clique aqui para ler a resolução na íntegra

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