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O mercado brasileiro de franquias cresceu 10,7%, com faturamento passando de R$ 167,187 bilhões em 2020 para R$ 185,068 bilhões em 2021. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que aponta o Rio Grande do Sul com igual crescimento em receita, mas superando os dados nacionais em relação ao incremento no número de novas franquias. Enquanto o País registrou aumento de unidades em 9,1%, o Estado teve crescimento de 14,1% na comparação com 2020.
A Piccadilly, de Igrejinha, dobrou a rede de franquias em 2021 e projeta abertura de mais 15 lojas em 2022. O projeto da marca prevê a expansão internacional, também com previsão de abertura de nove franquias ainda este ano.
"O franchising é uma oportunidade para se destacar no mercado assumindo espaços estratégicos", destaca Marcos Finokiet, head de Franquias da Piccadilly.A Calçados Bibi, de Parobé, também está de olho neste mercado. A empresa planeja para 2022 a implementação de 37 unidades, sendo 25 em território nacional e 12 no exterior. Em 2021, a calçadista registrou um incremento de 40% no faturamento, se comparado a 2020.
Para o ano, a projeção é que haja um crescimento de 20% no faturamento anual tanto na indústria quanto na rede de lojas. Hoje, a rede da Bibi conta com 147 lojas, sendo 15 delas internacionais localizadas no Peru, Chile, Equador e Guatemala.
"Ao investirmos nas franquias, conseguimos oferecer um mix completo de produtos de diferentes modelos, cores e tamanhos aos clientes", explica a diretora de Marca e Varejo da Bibi, Camila Kohlrausch.
Uma das metas da marca no mercado externo é chegar em cem lojas, em diferentes países da América Latina, até o ano de 2030.
Em número de empregos o RS também se destacou. No ano passado, o franchising brasileiro teve aumento no número de trabalhadores diretos de 12,1%, enquanto o Estado registrou incremento de 15,5% de empregos diretos neste modelo de negócios.
"No Rio Grande do Sul, saímos de 67,3 mil empregos para 77,7 mil empregos diretos, superando inclusive o ano de 2019. Boa parte das franqueadoras se adaptou apostando em plataformas de vendas on-line e tivemos também a reabertura de shoppings e grandes centros comerciais", explica o diretor regional da ABF no Sul, André Belz.
No País, o incremento deve ser de 9%. "Na região Sul nós temos uma retomada mais acelerada, por isso devemos ter resultado acima de dois dígitos", destaca André Belz.
O setor imobiliário também investe em franquias. A RE/MAX Rio Grande do Sul é a maior rede no Estado e destacou o ranking de suas 50 franqueadas, por ordem de faturamento em 2021. A região tem a quarta e oitava posições com a RE/MAX Conceitual, de São Leopoldo, e a RE/MAX NH Brokers, de Novo Hamburgo, respectivamente.
Para este ano, a RE/MAX RS projeta movimentar cerca de R$ 800 milhões em transações imobiliárias, contra R$ 650 milhões no ano passado.
Segundo André Belz, empreender por meio de franquias traz benefícios como suporte, trabalhar com marcas renomadas e oportunidade de capacitações. "Há uma marca por trás, com capacidade de investimento e tecnologias, por isso a taxa de mortalidade de franchising, mesmo na pandemia, é baixa", ressalta o diretor regional da ABF, que traz dicas para quem quer se tornar um franqueado.
"É um meio bastante treinável. Precisa trabalhar duro, ter competência técnica e ter uma afinidade com o segmento escolhido, não pensar só no dinheiro. É importante conhecer a franqueadora mais a fundo, visitar sedes e conhecer franqueados daquela rede. É essencial que se tenha uma capacidade financeira de acordo com o modelo que quer abrir e também ter coragem, só assim se obterá sucesso."
