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Notícias | Região MOBILIZAÇÃO SOCIAL

Grupo de manifestantes ocupa antigo Pronto Atendimento de Novo Hamburgo

Ocupação pede o fim da violência de gênero e reivindica por melhorias nas políticas públicas e assistenciais

Por Da redação
Publicado em: 07.03.2022 às 12:31 Última atualização: 08.03.2022 às 07:56

Manifestantes ocupam o antigo Pronto Atendimento de Novo Hamburgo desde a madrugada desta segunda-feira (7). A mobilização social destaca que é organizada por mulheres e pessoas transexuais. Em vídeo publicado nas redes sociais uma das integrantes do protesto diz, “a gente veio por meio de uma ação direta reivindicar políticas públicas de saúde e assistência social pelo fim da violência de gênero para mulheres e pessoas trans. 'Tamo' solicitando o apoio da população para fortalecer a ação e proteger, quando a intervenção do estado sempre muito opressor, misógino e racista, transfóbico chegar, valeu”.

Grupo de manifestantes ocupa antigo Pronto Atendimento de Novo Hamburgo
Grupo de manifestantes ocupa antigo Pronto Atendimento de Novo Hamburgo Foto: Diego da Rosa/GES

Durante essa manhã houve momentos de tensão com a chegada da Guarda Municipal. Na estrutura localizada na Rua Joaquim Nabuco, 634, foram colocadas faixas e cartazes com as pautas da mobilização.

Pessoas apoiam ocupação do lado de fora

Algumas pessoas permanecem do lado de fora do prédio para apoiar as ocupantes. Uma moradora de 52 anos, que prefere não se identificar, soube da manifestação e resolveu ir até o local nesta manhã, onde se dispôs a ajudar levando comida e outros itens essenciais que precisassem. "Fiquei sabendo pelas redes sociais que tinha uma ocupação, com alusão pelo dia 8 de março e vim para cá porque me identifico com a causa."

Ela conta que ficou, junto com outros manifestantes que estavam na calçada em frente ao prédio ocupado, para impedir a entrada da Guarda Municipal. De acordo com ela, durante o conflito foi jogado gás de pimenta contra quem protestava.

O que a Prefeitura diz

A Prefeitura de Novo Hamburgo se posicionou no início da tarde desta segunda-feira por meio de nota. No texto, a prefeita Fátima Daudt diz que a ocupação tem motivação política. “Eles só ocuparam o prédio porque tomaram conhecimento da conclusão do processo licitatório para reforma do prédio”, declara a chefe do Executivo.

A Prefeitura também esclarece que o Município já presta serviços de atendimento para a população trans e para mulheres.

Leia a nota na íntegra

"Fátima alerta para motivação política em invasão de prédio

A prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, alerta para motivação política do grupo que invadiu o prédio localizado na esquina das Ruas Joaquim Nabuco e Magalhães Calvet, no Centro. “Eles só ocuparam o prédio porque tomaram conhecimento da conclusão do processo licitatório para reforma do prédio”, enfatiza Fátima. A Prefeitura publicou nesta segunda-feira (07) o Boletim de Homologação 09/2022 (página 24 do Jornal NH), com a homologação 14/2022 da tomada de preço para reforma e instalação do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) no local. O investimento é de R$ 771.761,71.

“Estamos em ano eleitoral. O movimento é extremamente político. Todo o processo licitatório para o início das obras está concluído. Esperamos que a desocupação ocorra imediatamente”, enfatiza a prefeita.

O SAE, que irá funcionar justamente no prédio invadido e que atualmente está localizado em Hamburgo Velho (esquina das Ruas General Osório e Borges do Canto), presta atendimento a pacientes especiais, como portadores de hepatite, HIV, e inclui também a população trans, onde eles/elas têm acesso a atendimento médico, exames, testes rápidos e até preservativos.

Além disso, o município conta, em parceria com a Feevale, ambulatório de atendimento à população trans na universidade e vinculado à regulação de consultas da Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, o município conta com atendimento às mulheres em toda a rede de atenção básica. “Portanto, os serviços pedidos pelos invasores já são prestados pela Prefeitura, o que confirma a motivação exclusivamente política do movimento”, reforça Fátima."

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