Para que os serviços de abastecimento e tratamento da água sejam efetivos e sustentáveis é necessário que se criem processos e infraestruturas apropriados às demandas, levando em conta as melhores práticas e as inovações tecnológicas. Por isso, novos projetos que contribuam para a economia, redução de desperdício e ainda aproveitamento energético são sempre bem-vindos.
E esse é o tema da terceira reportagem da websérie Águas, produzida pelo Grupo Sinos com o apoio institucional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
Dessa vez, a equipe de jornalistas do núcleo 360 apresenta dois trabalhos inovadores implantados no Rio Grande do Sul: a construção de uma usina fotovoltaica em uma barragem e um sistema que reduz o consumo de água na irrigação das lavouras.
O projeto da usina vem de uma parceria entre a Fundação Liberato, de Novo Hamburgo, e a Corsan. A proposta é fazer com que a companhia de saneamento gere energia elétrica no reservatório da barragem de Val da Serra, em Santa Maria/RS, em um sistema paralelo composto por uma rede fotovoltaica (painéis solares), de 300 quilowats, instalada dentro da barragem como uma espécie de ilha flutuante, e uma microcentral hidráulica, de 100 quilowats, que aproveita o fluxo da água da barragem para movimentar uma turbina. “Queremos priorizar o sistema fotovoltaico e usar a microcentral nos momentos em que não há sol”, explica Sergio Dias, gestor da Incubadora Tecnológica da Liberato, local onde se iniciou o projeto.
A eletricidade gerada será disponibilizada para a concessionária de energia e, por meio de um sistema de compensação, será utilizada para alimentar as estações da Corsan.
Um sistema criado por uma empresa de São Leopoldo tem sido usado para minimizar o problema. Trata-se de um sensor que monitora o solo da lavoura para avaliar a umidade e a necessidade da irrigação. O projeto foi pensado pela cofundadora da Raks Tecnologia Agrícola, Fabiane Kuhn, e seu sócio, Guilherme Ramos, quando ainda eram alunos da Fundação Liberato. “É um sistema usado para indicar ao produtor rural quando e quanto irrigar, com base na união de dados de solo, planta, clima, entre outros”, explica Fabiane.
O sensor fica instalado na lavoura, alimentado por energia solar, e é monitorado de forma remota. “Com essa solução, é possível economizar de 30 a 50% de água na irrigração e pode ser instalada em propriedades rurais de todos os tamanhos”, completa.
Todas as quatro reportagens em vídeo da websérie são veiculadas nos canais digitais dos jornais do Grupo Sinos: NH, VS, Diário de Canoas, Jornal de Gramado, Correio de Gravataí e Diário de Cachoeirinha.
Episódio 1 - Cuidado: Como evitar o desperdício de água em casa
Episódio 2 - Educação: Educação Ambiental nas escolas
Episódio 4 - Turismo: Como o tratamento de esgoto contribui para o desenvolvimento
Será postado na próxima sexta-feira, dia 18 de março.