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Notícias | Região VIOLÊNCIA

Polícia investiga ataque a nordestinos, com um morto, em praça histórica de Ivoti

Industriário e enteado, de Natal, foram baleados por homem que fugiu em um Virtus cinza

Por Silvio Milani
Publicado em: 13.03.2022 às 22:11

Um ponto histórico de Ivoti, alvo de vandalismo nos últimos anos, agora é também cenário para a investigação de um homicídio, tipo de crime raro na cidade. Sob circunstâncias ainda desconhecidas, um nordestino foi assassinado, e o enteado dele, baleado na madrugada de sábado (12) na Praça Neldo Holler.

Ataque aconteceu na Praça Neldo Holler, em Ivoti
Ataque aconteceu na Praça Neldo Holler, em Ivoti Foto: Silvio Milani/GES-Especial

Conforme testemunhas, no momento do crime, havia cerca de 30 pessoas na praça, que fica na Avenida Presidente Lucena, principal via de Ivoti.

Por volta de 1 hora, uma discussão acabou em tiros. Atingido no abdome, o industriário Zanetty Nascimento, 23 anos, pedia socorro. No chão, ao lado de bancos de concreto, estava o padrasto, o também industriário Idoberto Patrício da Rocha, 51, já morto com um tiro na cabeça.

Revólver e carro

O matador, que estava de revólver calibre 38, teria fugido em um Virtus cinza. Bombeiros socorreram Zanetty ao Hospital São José, e policiais militares isolaram a praça para perícia. Até a noite de domingo (13), não havia informação sobre o carro, nem notícias do paradeiro do suspeito.

Segundo a delegada Raquel Peixoto, que responde por Ivoti, serão analisadas imagens de câmeras de segurança e ouvidas testemunhas. Ela prefere não entrar em detalhes para não atrapalhar a investigação.

Família está há mais de cinco anos na cidade

Há pouco mais de cinco anos, de acordo com amigos, Idoberto e a esposa, que é mãe de Zanetty, deixaram Natal, no Rio Grande do Norte, para morar e trabalhar em Ivoti. O rapaz veio pouco depois.

“O Idoberto tinha mais parentes aqui, como mãe e irmão. Era um homem trabalhador, empregado no almoxarifado de empresa na entrada de Ivoti. O enteado é funcionário de indústria no bairro Morada do Sol. Estava em estado crítico. Foi transferido de hospital, passou por cirurgia e está se recuperando, graças a Deus”, conta um parente, que pede para não ser identificado.

'Saí correndo para socorrer meus amigos'

Um baiano de 29 anos, também morador e industriário em Ivoti, é uma das testemunhas que prestará depoimento nesta segunda-feira (14). Ele conta que não viu o atirador, nem o Virtus. Também afirma que não presenciou o ataque.

“A gente estava de boa na praça. Fui ao banheiro e ouvi três tiros em sequência. Teve briga, mas não vi. Quando percebi o que tinha acontecido, saí correndo para socorrer meus amigos.”

O homem lembra que logo percebeu que Idoberto já estava morto. “Não se mexia. Não respirava. Nos resta torcer pela vida do enteado.” Ele afirma não saber o que poderia ter motivado a briga e acredita que o matador tenha cúmplices.

“Não tinha como fazer isso sozinho. Esse pessoal não é daqui”, supõe, acrescentando que parentes e amigos ainda estão muito perplexos. “É muita violência. Se eu tivesse ficado ali na mesa, tinha ido (morrido) também.”

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