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Notícias | Região FALTA DE INFRAESTRUTURA

Sindicato aponta três escolas em situação urgente na região

Nos vales do Sinos, Caí e Paranhana, o dossiê aponta problemas considerados mais críticos em três locais. Na região foram visitadas 27 escolas

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 10.05.2022 às 03:00 Última atualização: 10.05.2022 às 16:09

Nos últimos dias, o Cpers-Sindicato, que representa professores e servidores da rede estadual de educação, apresentou um dossiê sobre problemas encontrados em escolas estaduais gaúchas. O documento é resultado de uma vistoria realizada pelo sindicato em 430 estabelecimentos de ensino da rede pública estadual em 160 cidades, entre 22 de fevereiro e 25 de março.

Pedrinho está com infiltrações  e problemas elétricos
Pedrinho está com infiltrações e problemas elétricos Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial/arquivo

Nos Vales do Sinos, Caí e Paranhana, o dossiê aponta problemas considerados mais críticos em três locais. Na região foram visitadas 27 escolas.

No Colégio Estadual Senador Alberto Pasqualini, em Novo Hamburgo, foram apontados falta de pessoal e problemas estruturais em salas de aula. A escola tem quatro pessoas trabalhando na limpeza e duas na merenda. A direção avalia que seriam necessários seis funcionários em cada setor.

Para dar conta das quase 1 mil refeições diárias em três turnos, a equipe diretiva precisa dar uma mão.

"Quando as funcionárias terminam seu horário, no turno da noite, eu ou a vice-diretora vamos para a cozinha e encaminhamos as refeições. Elas fazem as da manhã e da tarde e iniciam a da noite para terminarmos antes do recreio", afirma a diretora Eleisa Mathias. Nos últimos dias, a Pasqualini foi informada de que será contratada mais uma merendeira.

Desde que ocorreu a visita da caravana, no fim de março, a escola ainda perdeu dois professores, que pediram exoneração. Faltam professores de matemática, geografia e educação física.

No Instituto Estadual Manoel de Almeida Ramos, em Capela de Santana, os alunos têm aula no porão de um salão paroquial desde 2015. São 490 alunos, de 6º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio, em três turnos. Atualmente, o aluguel do porão é pago pelo Estado.

Prédio interditado

Em São Leopoldo, o prédio do Instituto Estadual Pedro Schneider, o Pedrinho, foi interditado em fevereiro. Os alunos do ensino fundamental têm aulas em outra escola estadual, a Doutor Caldre Fião. Já os do ensino médio têm aulas em salas alugadas na Unisinos. Foram constatados também fios elétricos expostos no pátio.

Para o diretor geral do 14º Núcleo do Cpers, Luiz Henrique Becker, a situação destas escolas é "urgente e gritante". "Temos medo de que ocorra com o Pedrinho, que é uma escola localizada em área nobre, o que aconteceu com Instituto de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, onde os alunos saíram e não voltaram mais."

Becker destaca que, no retorno das aulas presenciais, foi necessário um esforço das equipes escolares para combater a evasão. "Nós trouxemos os alunos de volta, mas aí seu filho chega na escola e não tem professor ou não tem merendeira. Tivemos o saldo positivo de os alunos voltarem, agora precisamos atendê-los com estrutura, energia elétrica, quadro, giz e também com recursos humanos."

O que diz a Secretaria Estadual de Educação

Questionada sobre a situação das escolas da região no relatório do Cpers, a Seduc enviou nota:

"Em relação à situação do Instituto Estadual de Educação Professor Pedro Schneider, de São Leopoldo, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que a obra está em fase de processo licitatório. Os alunos do ensino médio estão tendo aulas na Unisinos e os estudantes do ensino fundamental estão sendo atendidos na Escola Estadual Doutor Caldre Fião.

Em relação à Escola Manoel de Almeida Ramos, a obra está em fase de elaboração de projeto. Os alunos seguem tendo aulas no Salão Paroquial."

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