A prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, voltou a conversar com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergamann, na manhã desta quarta-feira (11), sobre a questão do centro de referência de oncologia - que foi transferido de Novo Hamburgo para Taquara em abril.
Durante o encontro, foi destacado que a mudança do atendimento se tornou uma demanda apenas depois da decisão exclusiva do Hospital Regina em interromper o serviço prestado ao SUS. Como instituição privada, a entidade hospitalar tem direito a este posicionamento. “A nós cabe garantir que nenhum paciente fique desassistido, independentemente onde for necessário. E é o que estamos fazendo”, reforça a prefeita.
Fatima salienta que tem tratado pessoalmente o assunto com a secretária, abordando as possíveis alternativas a partir da desistência do Regina. No entanto, o Município lida também com a limitação de recursos financeiros. De acordo com a Prefeitura, como a oncologia é alta complexidade e os recursos vêm do Ministério da Saúde, eles já foram referenciados para Taquara, não sendo mais repassados a Novo Hamburgo.
Quanto ao Hospital Regina, a prefeita lembra que uma eventual proposta aceitável para retomar o atendimento deve estar dentro da tabela do SUS e incluir incentivo do Programa Assistir do governo do Estado.
Em nota, a assessoria de Novo Hamburgo disse que Fatima e Arita ponderam que o Município não pode pagar mais, sob pena de improbidade administrativa. Isso porque centros de alta complexidade são de responsabilidade da União, e não da administração municipal.
Na terça-feira (10), representantes de entidades, vereadores e a Liga Feminina de Novo Hambugo participaram de uma reunião em Porto Alegre com Secretaria Estadual da Saúde, em que foi definida a abertura de uma mesa de negociação para debater o assunto. Na ocasião, a Liga apresentou para Arita um documento em que o Hospital Regina diz estar aberto à negociações. A secretária, no entanto, não aceitou o documento por afirma que ele deve ser encaminhado pelo próprio hospital para o Estado. Procurado pela reportagem, até a publicação desta matéria, o Hospital Regina não havia se posicionado sobre o documento em questão.