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Notícias | Região PACTO

Calçadistas da região se unem por práticas sustentáveis

Encontro em Campo Bom reuniu empresas que estão engajadas no programa Origem Sustentável; conheça as marcas certificadas

Por Redação
Publicado em: 08.06.2022 às 03:00 Última atualização: 08.06.2022 às 09:28

A sustentabilidade é uma palavra que está no discurso de muitas empresas, mas ser sustentável na prática exige uma mudança em todos os processos. É isso que a cadeia calçadista brasileira tem feito nos últimos anos ao englobar o ambiental, social e econômico.

Pacto pela Sustentabilidade reuniu lideranças e empresários do setor calçadista
Pacto pela Sustentabilidade reuniu lideranças e empresários do setor calçadista Foto: Rafael Bauer/Divulgação
Ontem, em Campo Bom, durante encontro do Programa Origem Sustentável, que certifica as empresas do setor dentro de parâmetros internacionais, empresários da região uniram forças e selaram um Pacto pela Sustentabilidade.

O Programa é realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

"Há 30 anos não se falava em separação de lixo, veio aos poucos. O varejo começou a pensar mais nas questões ambientais com a chegada da pandemia. Quando falamos de calçado, falamos de um ecossistema, o componente faz parte desta engrenagem e todos têm que fazer seu papel", destaca a superintendente da Assintecal, Silvana Dilly.

Oportunidades

Para o gestor de projetos da Abicalçados, Cristian Schlindwein, a sustentabilidade tem relação com oportunidades de negócios. "Existe a dúvida se a sustentabilidade gera mais custo, mas se comprova que tudo que é feito na verdade traz economia. Quando se diminui uso de energia, água, quando se pensa em produzir de forma mais controlada, com menos desperdício, tudo leva à saúde dos negócios. A sustentabilidade não é um atributo de marketing ecológico, é uma essência para a vida", afirma Schlindwein, que considera o encontro de ontem como "pontapé inicial" do pacto das empresas da cadeia do calçado. "É um start no Rio Grande do Sul e na sequência teremos em outros polos, também com apresentações, discussão e a união dos empresários."

A abertura do evento foi feita pelo presidente da Abicalçados Haroldo Ferreira, o presidente da Assintecal, Gerson Berwanger e o prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi.

Certificadas

Empresas certificadas pelo programa com selo Diamante deram seus depoimentos: Beira Rio, Bibi, Piccadilly, Usaflex e BoxPrint. Também falaram Arezzo (que aderiu ao Origem com a marca Schutz) e a marca Reserva, sócia da Arezzo e com certificação ESG.

Região tem exemplos de empresas sustentáveis

A Ramarim, de Nova Hartz, é uma das empresas que aderiram ao Programa e está no processo de certificação. De acordo com Nelson Magagnin, gerente de Marketing da marca, 52% dos resíduos são transformados em energia e 48% são reciclados ou reaproveitados de alguma forma no processo fabril. "As sobras são transformadas em novos componentes para calçados, sejam eles de couro ou material sintético. Assim, as sobras do processo fabril são transformadas em componentes como palmilhas, contrafortes, couraças, saltos e solados", explica. Além disso, o esgoto doméstico das unidades gaúchas e na Bahia é 100% tratado.

"Também podemos dizer que a energia utilizada em todas as nossas unidades é 100% de fontes renováveis, onde a gente vem recebendo alguns reconhecimentos e premiações por essas iniciativas. O grupo, de modo geral, tem 99% de atitudes sustentáveis", completa Magagnin.

Exportação e a imagem do País

Silvana Dilly lembra que a sustentabilidade representa a imagem do País. "O Brasil se posiciona na exportação como uma indústria sustentável e precisa levar isso como uma bandeira. Nosso setor sai na frente, este evento mostrou o que já fazemos."

Ao participar do Origem Sustentável, as empresas precisam desenvolver e alcançar as metas dos indicadores das dimensões gestão da sustentabilidade, econômica, ambiental, social e cultural. O selo vale por dois anos e depois a empresa precisa ser recertificada.

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