Vereadora de Portão não quer drag queens palestrando para crianças e adolescentes
Fátima Coelho afirmou não ter preconceito e sim 'conceito' contra formação de professores em questões LGBTQIA+
Discursos de dois vereadores de Portão contrários a uma sugestão da parlamentar Joice Dillenburg (PDT) para que a prefeitura faça uma formação de professores voltada a questões LGBTQIA+ causaram polêmica na sessão de segunda-feira (13). A proposta foi apenas lida e encaminhada ao Executivo, sem votação, mas, no uso da tribuna, Adair Rocha (MDB) e Fátima Coelho (PTB) fizeram declarações preconceituosas.
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Já Rocha disse que não discrimina ninguém. "Não fui ensinado a discriminar ninguém, mas a amar e respeitar a opinião", garantiu. No entanto, declarou: "Para nossas crianças e adolescentes, quem ensina é o pai e a mãe. A escola ensina aquilo que está no currículo escolar. Não discriminamos, desde que respeitem o ambiente onde estamos. Na minha igreja, temos pessoas com opção sexual diferente da minha, mas não são discriminados, são amados", disse, acrescentando, por outro lado, que não aceita "meninos beijando meninos" na frente dos filhos.
Objetivo é a formação
Autora da indicação à prefeitura, Joyce explica que o tema não tem relação com "kit gay" ou "ensino gay" nas escolas. "Queremos que os professores tenham uma palestra para entenderem o que passam esses alunos e ajudar as famílias que passam por isso", afirma, lembrando que muitas vezes os educadores não sabem como agir nesses casos.A vereadora reitera que não quer que alunos gays deixem a escola ou até tirem a própria vida por serem discriminados. "Precisamos praticar o respeito, não só quando precisamos do voto. Precisamos falar uma coisa e praticar a mesma coisa. A sociedade está cheia de hipócritas. Graças a Deus, eu não sou."