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Notícias | Região CONFUSÃO NO DML

Corpo de homem entregue para a família errada é enterrado em Osório

Homem havia sido levado para o Departamento Médico Legal de Porto Alegre no domingo após morrer no Litoral Norte

Por Redação
Publicado em: 21.07.2022 às 16:10 Última atualização: 21.07.2022 às 16:11

Depois de dois dias de confusão, Jorge Antônio Nascimento e Silva, de 52 anos, foi enterrado com a assistência dos familiares certos. Na terça-feira (19), o corpo dele foi levado para ser velado por uma outra família. A confusão começou no domingo (17), no dia em que Silva morreu na cidade onde morava, em Osório. O corpo dele havia sido levado para necropsia em Porto Alegre porque naquele dia não havia médico-legista devido ao sistema de plantão do Departamento Médico-Legal (DML).

A diretora em exercício do Instituto-Geral de Perícias, que responde pelo DML, Marguet Mittmann, explicou que o Departamento cumpre diversos procedimentos e exames para fazer a identificação de um corpo. Ao final do processo, os familiares são chamados para fazer o reconhecimento visual. Quando recebeu o corpo errado, Mittmann diz que “a outra família estava profundamente abalada com o processo, com a forma violenta em que ocorreu o óbito e optou por não fazer esse reconhecimento visual”.

No DML, o erro foi identificado quando os parentes do morador de Osório foram chamados para confirmar a identidade do parente falecido. A diretora diz que, assim que perceberam o equívoco, todas as medidas necessárias foram tomadas. “Primeiro, com uma petição ao judiciário para fazer esse processo de exumação do cadáver e devolução para os familiares.” Na tarde de quarta-feira, o corpo foi levado de volta para Osório. Silva, que teria morrido de causas naturais, foi enterrado nesta quinta-feira (21).

 

Investigação

Um processo administrativo foi aberto pela corregedoria do IGP para averiguar os fatos. Marguet diz que a investigação interna vai buscar esclarecer o que ocorreu e quem são os responsáveis. Conforme a diretora, os envolvidos serão punidos. Segundo ela, as medidas de correção podem ser desde uma advertência verbal a uma demissão.

Apesar da gravidade da situação, ela considera que se trata de um “fato isolado” e acrescenta que “é a primeira vez que isso acontece aqui no IML. Nós temos um volume muito alto, de cerca de 300 necropsias mensais”, conclui.

O caso foi registrado na Polícia Civil. Segundo o delegado Ajaribe Rocha Pinto, não se trata de um crime e sim de um erro de procedimento. “No final, se a corregedoria entender que ocorreu algum crime encaminhará à Delegacia de Polícia competente.”

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