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Notícias | Região CORONAVÍRUS

Brasil tem aumento nos casos de Covid, porém vacinas freiam mortes

Imunização é o principal motivo para redução de óbitos frente aos piores números registrados na pandemia

Por Priscila Carvalho
Publicado em: 23.07.2022 às 05:25 Última atualização: 23.07.2022 às 17:08

Apesar do número de casos confirmados de Covid-19 apresentar alta nas últimas semanas, o registro de óbitos pela doença diminuiu, em comparação a outros períodos em que a pandemia teve picos no País. Mas a incidência de novas variantes e subvariantes - possivelmente mais brandas - não é a única explicação para a constatação. Muito disso, dizem especialistas, se deve ao avanço da vacinação contra o coronavírus.

Dados do Painel Covid-19 do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão Estadual do SUS (Cieges), mantido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), mostram que o pior período na contabilidade de casos foi em janeiro deste ano, quando mais de 1,3 milhão foram registrados na última semana do mês - somente no Rio Grande do Sul foram 123.600, sendo também a pior semana de contaminação no RS. No mesmo período, o número de óbitos foi de 3.723.

Dados atuais

O cenário que se vê agora, 1 ano e 6 meses após a vacinação ser iniciada e já com o oferecimento da 4ª dose e o início da imunização de crianças de 3 e 4 anos, é de queda nas mortes, embora o número de casos ainda suba por vezes.

Os últimos dados divulgados pelo painel do Cieges - atualizado semanalmente - apontam que, de 10 a 17 de julho, o número de casos fechou em 415.765, enquanto o de mortes restou em 1.741, 51 delas no RS. "A eficácia das vacinas está muito em fazer o ciclo vacinal completo", pondera o virologista e professor da Universidade Feevale, Fernando Spilki.

pós vacina covid


Dados regionais acompanham

A partir de dados nacionais, a Feevale também realiza um levantamento semanal trazendo informações regionais da pandemia, desde 25 de maio de 2020. Por ele, foi possível notar que, embora o número de internações tenha subido da última semana para cá, o número de óbitos teve variação média negativa de 44,44%.

Spilki, confirma que os números daqui são semelhantes aos que se observam nacionalmente. "Existe um aumento, mas, em termos percentuais, não se compara com o que vimos até metade do ano passado, quando a vacinação estava patinando", coloca, enfatizando que o avanço das imunizações contra a Covid foram cruciais para a redução do ciclo de contaminações e mortes. "Na verdade, o que ocorre é que, ainda que a gente possa atribuir às variantes, seguramente, a maior parte desse efeito está relacionada com a vacinação. Se pegarmos uma pessoa não vacinada e ela se infectar com a Ômicron, a chance dela desenvolver uma forma grave da doença é muito grande", analisa.

Spilki acrescenta, entretanto, que há subnotificação dos casos e, por isso, dificuldade de conseguir acompanhar com exatidão os dados. "As pessoas precisam saber que, desde meados de março, a gente tem um número muito aquém do que seria real. Temos muita dificuldade em acompanhar, até pela chegada do autoteste. O que está acontecendo é que não temos os números reais, quedas, subidas", destaca.

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