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Notícias | Região IVOTI

Carruagem fabricada em 1938 é atração no desfile da 33ª Kolonistenfest

Evento festivo marcou o retorno da tradicional homenagem ao Dia do Colono após dois anos

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 24.07.2022 às 16:54

Uma relíquia de família com mais de oitenta anos foi para a avenida para celebrar a força do povo do campo. O bancário e agricultor Valdir José Ludwig, de 47 anos, puxava com trator o veículo histórico onde estava sua família durante o desfile festivo da 33ª Kolonistenfest, na manhã deste domingo (24), em Ivoti. A carruagem foi construída em 1938 por seu bisavô, Claudino Ludwig, em Poço das Antas, no Vale do Taquari.

O primeiro desafio do veículo foi cruzar o estado até o município de São José do Inhacorá, no Noroeste. A viagem de mais de 400 quilômetros durou três semanas. “Ela sempre esteve na família. Eu peguei e restaurei ela há cinco anos. A estrutura estava toda em ótimas condições. A madeira é original, as ferragens são todas originais e são artesanais, da época em que o ferro era batido”.

Valdir gosta de restaurar utensílios antigos e tem um galpão onde se dedica a trabalhar as peças. A cada ano, ele leva alguma novidade para o desfile. “Eu curto umas velharias. Devo ter umas vinte ferramentas restauradas, tem trilhadeira antiga, arados e outras”, conta.

O desfile movimentou as ruas de Ivoti na manhã deste domingo. Ao longo da Avenida Presidente Lucena e da Rua São Leopoldo, os moradores aguardavam a passagem das carroças e máquinas agrícolas. A tradicional celebração alusiva ao Dia do Colono foi retomada após dois anos suspenso em função da pandemia.

Seno acompanha ‘de camarote’ todos os anos
Seno Nicolau Müller, 63 anos, mora desde que nasceu na mesma casa, na Avenida Presidente Lucena. No dia do desfile, a residência do representante comercial vira um camarote. É tradição reunir familiares e amigos para acompanhar as festividades do Dia do Colono e do Motorista. “Tem chimarrão, rosquinha, linguiça. Nós fazemos isso desde a época da mãe, desde que começou a primeira edição”, conta.

Mesmo vivendo na cidade, Müller reconhece a importância dos produtores rurais. “É sensacional. Isso é uma cultura que está enraizada aqui. Se a gente vai para o interior é forte e tem que ser lembrado sempre".

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