'Ele saiu falando que iria soltar pipa', diz pai de jovem que se afogou no Rio Gravataí
Pedro Luz Nascimento morava há menos de seis meses em Canoas; Corpo de bombeiros faz buscas nas águas da região
Pedro Luz Nascimento, 16 anos, que desapareceu na tarde de domingo (24) ao se afogar no Rio Gravataí, vivia há pouco mais de cinco meses em Canoas. O adolescente deixou Alvorada onde morava com a mãe e em fevereiro passou a viver com o pai, Valter Luís Jesus do Nascimento, no bairro Niterói.
Nascimento afirmou que o filho não conhecia a região. “Ele saiu falando que iria soltar pipa”, contou o pai, desolado enquanto acompanhava as equipes de resgate à beira do Rio, sob a ponte da BR-116. “A polícia avisou que meu filho havia se afogado, desmoronei”, finalizou.
O acidente aconteceu próximo ao Clube Albatroz, também no bairro Niterói, que segundo o Corpo de Bombeiros de Canoas, é de difícil acesso. Conforme o soldado Luís Fernando Chaves, da Companhia Especial de Busca e Salvamento (CEBS), o foco das diligências desta segunda-feira (25), foram reforçar o que já havia sido feito no domingo. “Montamos uma nova estratégia, no entanto, são muitos galhos e a correnteza do dia anterior era muito forte”, explicou afirmando que apesar de mais lento, o Rio Gravataí continuava agitado. Como a visibilidade do Gravataí é nula, a equipe de mergulhadores precisa trabalhar apenas com o tato. “Delimitamos a área onde as testemunhas o visualizaram por último”, comunicou o soldado.
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Com a força da correnteza, Pedro foi levado em direção à ponte sob a BR-116. “Fomos acompanhando pela margem, até tentamos encontrar algo pra jogar para que ele pudesse se agarrar, mas não achamos nada”, diz ao mostrar os arranhões causados pela vegetação. O amigo confirmou que outros amigos avistaram Pedro em baixo da ponte e teria sido naquele ponto que ele desapareceu.
Até as 16h30 desta segunda-feira o Corpo de Bombeiros e mergulhadores da CEBS, seguiram com buscas pelo adolescente no Rio Gravataí. De acordo com o soldado Chaves, com a temperatura da água fria, o cadáver pode levar de três a quatro dias para emergir na superfície. “Esperamos encontrar antes para acabar com a aflição da família”, finalizou o bombeiro.
*Os nomes dos amigos não serão divulgados para preservar a identidade dos jovens.