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Notícias | Região CANOAS

'Ele saiu falando que iria soltar pipa', diz pai de jovem que se afogou no Rio Gravataí

Pedro Luz Nascimento morava há menos de seis meses em Canoas; Corpo de bombeiros faz buscas nas águas da região

Por Juliano Piasentin
Publicado em: 25.07.2022 às 17:33 Última atualização: 26.07.2022 às 14:47

Pedro Luz Nascimento, 16 anos, que desapareceu na tarde de domingo (24) ao se afogar no Rio Gravataí, vivia há pouco mais de cinco meses em Canoas. O adolescente deixou Alvorada onde morava com a mãe e em fevereiro passou a viver com o pai, Valter Luís Jesus do Nascimento, no bairro Niterói.

Bombeiros buscam jovem que se afogou no Rio Gravataí em Canoas
Bombeiros buscam jovem que se afogou no Rio Gravataí em Canoas Foto: PAULO PIRES/GES
Nascimento afirmou que o filho não conhecia a região. “Ele saiu falando que iria soltar pipa”, contou o pai, desolado enquanto acompanhava as equipes de resgate à beira do Rio, sob a ponte da BR-116. “A polícia avisou que meu filho havia se afogado, desmoronei”, finalizou.

O acidente aconteceu próximo ao Clube Albatroz, também no bairro Niterói, que segundo o Corpo de Bombeiros de Canoas, é de difícil acesso. Conforme o soldado Luís Fernando Chaves, da Companhia Especial de Busca e Salvamento (CEBS), o foco das diligências desta segunda-feira (25), foram reforçar o que já havia sido feito no domingo. “Montamos uma nova estratégia, no entanto, são muitos galhos e a correnteza do dia anterior era muito forte”, explicou afirmando que apesar de mais lento, o Rio Gravataí continuava agitado. Como a visibilidade do Gravataí é nula, a equipe de mergulhadores precisa trabalhar apenas com o tato. “Delimitamos a área onde as testemunhas o visualizaram por último”, comunicou o soldado.

Um dos sete amigos* que estava acompanhando Pedro no momento do acidente, declarou que a ideia inicial do grupo de jovens não era mergulhar no Rio Gravataí, apesar do calor de 28°C que fazia na tarde de domingo. “Fomos para fazer a trilha e olhar o rio.” Apesar disso, no momento ele resolveu se aventurar. “Sou acostumado a pular e fazer vídeos, falei que iria e o Pedro disse que sabia nadar e foi junto.” No primeiro momento, o adolescente pensou que o amigo estivesse brincando. “Parecia brincadeira, só depois vimos que ele estava realmente se afogando.”

Com a força da correnteza, Pedro foi levado em direção à ponte sob a BR-116. “Fomos acompanhando pela margem, até tentamos encontrar algo pra jogar para que ele pudesse se agarrar, mas não achamos nada”, diz ao mostrar os arranhões causados pela vegetação. O amigo confirmou que outros amigos avistaram Pedro em baixo da ponte e teria sido naquele ponto que ele desapareceu.

Até as 16h30 desta segunda-feira o Corpo de Bombeiros e mergulhadores da CEBS, seguiram com buscas pelo adolescente no Rio Gravataí. De acordo com o soldado Chaves, com a temperatura da água fria, o cadáver pode levar de três a quatro dias para emergir na superfície. “Esperamos encontrar antes para acabar com a aflição da família”, finalizou o bombeiro.

*Os nomes dos amigos não serão divulgados para preservar a identidade dos jovens.

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