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Notícias | Região EDUCAÇÃO

Busca ativa em Canoas para garantir estudantes em sala de aula

Comitê intersetorial procura alunos que não comparecem às escolas

Por Raquel Kothe
Publicado em: 02.08.2022 às 14:57

O segundo semestre iniciou ontem (1º) na rede municipal de educação de Canoas. A maioria regressa com alegria e cheia de energia, mas existem alguns casos de evasão escolar, o que preocupa e exige atenção por parte dos gestores públicos. Para garantir a frequência dos estudantes, a secretaria municipal de Educação (SME) formou o Comitê de Busca Ativa, com integrantes de outras secretarias, como Segurança e Saúde. O objetivo é que nenhum morador de Canoas matriculado na rede pública de ensino deixe de ir à aula.

Alunos do 1º ano da Emef Prefeito Edgar Fontoura, no Marechal Rondon, estavam empolgados com o retorno
Alunos do 1º ano da Emef Prefeito Edgar Fontoura, no Marechal Rondon, estavam empolgados com o retorno Foto: PAULO PIRES/GES

A secretária adjunta Pedagógica da SME, Cinara Portela de Souza, explica que vários motivos levam à ausência. O serviço é acionado após cinco faltas consecutivas ou dez intercaladas em um mesmo mês. Desde o retorno das aulas presenciais, em julho de 2021, foram resgatadas 26 crianças de escolas municipais de educação infantil (Emeis) e no primeiro semestre desse ano foram 126 do ensino fundamental (Emefs).

Entre as causas para a interrupção na frequência estão problemas de saúde, desemprego dos pais e ainda questões psicológicas. Em um primeiro momento, a escola busca aproximação da família para detectar o que está acontecendo. “São utilizadas ferramentas como telefone, e-mail e ida às casas. Se a escola não consegue, passa à SME”, explica. Em alguns casos, a situação é encaminhada ao Conselho Tutelar. Todos os alunos da rede municipal, que moram há mais de dois quilômetros da escola, têm direito a passagem integral.

Vários ajustes foram feitos para o segundo semestre, com estudantes sendo transferidos, a pedido dos responsáveis, para escolas mais próximas de casa. Outra iniciativa para minimizar a infrequência é o projeto Tempo de Cuidar, cujo foco é formar professores na escuta dos alunos. “Problemas como bullying, depressão, questões de diversidade e gênero podem levar até mesmo ao abandono da sala de aula. Esses temas são bastante trabalhados”, explica.

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