Redução do preço da gasolina vai chegar gradativamente ao consumidor final

No dia seguinte ao anúncio de redução 18 centavos no preço da gasolina das refinarias, o que se verificou nos postos de Novo Hamburgo foi um reajuste de 2 centavos a menos. Mas a expectativa é de que redução no preço seja gradativa.

Anunciada na segunda-feira (15) pela Petrobras, essa redução é a terceira em menos de três meses. Nesse último anúncio o preço caiu 4,9% nas distribuidoras. Conforme a estatal, o valor foi de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro.

Segundo o gerente de um posto de combustível de Novo Hamburgo, Fabiano Carvalho, o estabelecimento recebeu nesta terça-feira (16) gasolina nova com valor já menor. "As distribuidoras vão baixando gradativamente e por isso os postos também. Mas acabamos de baixar 2 centavos, inclusive devido à concorrência", explica.

O gerente de outro posto de combustível, André Fornari, explica que a cada dois dias o valor da gasolina reduz um pouco, independentemente da Petrobras. "Acompanhamos a concorrência e se um baixa, os outros postos também reduzem. Mas dessa vez estamos com o mesmo preço do fim de semana ainda, creio que nos próximos dias vai baixar mais", conta.

Cliente final

A estatal explica, através da assessoria de imprensa, que com a nova redução, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,70, em média, para R$ 2,57 por litro vendido na bomba, considerando a mistura de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro. Com isso, é estimado uma economia de 13 centavos por litro na bomba.

O preço final não é definido pela estatal. "Depois que ajustamos o preço nas refinarias tem uma série de outros custos até formar o valor final. A distribuidora coloca a margem de custo deles, tem os impostos e o revendedor também coloca sua margem de lucro. Não significa que o consumidor vai ganhar os mesmos 4,9% de redução."

O ex-superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e economista-chefe da consultoria ES Petro, Edson Silva, acrescenta que os preços dos combustíveis no Brasil, desde 1997, são livres para precificar o produto. "Os postos terão até 13 centavos de redução e cada um, por seu cálculo econômico, estabelecerá o preço para entregar ao seu cliente final", explica Silva.