Clínica de reabilitação é fechada em Araricá após relatos de irregularidades
Pouca alimentação e suspeita de maus-tratos foram apontados pelo Ministério Público
Uma clínica de recuperação para dependentes químicos que operava em dois endereços vizinhos em Araricá, no Vale do Sinos, foi interditada em operação do Ministério Público gaúcho na última quinta-feira (18).
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Nos dois locais, segundo o órgão, foi constatado que os residentes – entre eles, idosos e pessoas com deficiência – viviam em condições desfavoráveis, com pouca alimentação, higiene precária e suspeita de maus-tratos. Também havia superlotação, com quase 100 pessoas, muito além do alvará emitido pelo Corpo de Bombeiros, que foi cassado.
Ambos os estabelecimentos foram interditados por completa ausência de condições para o funcionamento. A prefeitura de Araricá providenciou a remoção dos internos. Para garantir o fechamento das clínicas e a segurança dos residentes, foi ajuizada Ação Civil Pública. Também já está em tramitação inquérito policial que apura a prática de crimes, sendo que, durante a operação, foi cumprido mandado de busca e apreensão.
Participaram das diligências Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros de Sapiranga, Secretaria de Assistência Social e Vigilância Sanitária de Araricá. Os trabalhos do Ministério Público foram realizados pelos promotores de Justiça Bill Jerônimo Scherer, Karen Cristina Mallmann e Michael Schneider Flach, juntamente com Fabiana Aguiar de Oliveira (assistente social), Ângela da Silva Lupi Ferraz (enfermeira) e Elenir Gonçalves (oficial/técnica).
O Jornal NH ligou para o número de uma das clínicas interditadas, mas o celular estava desligado. A reportagem não conseguiu contato com o segundo estabelecimento.