Estado confirma primeiro caso de varíola dos macacos em Dois Irmãos
Além do município, a capital teve mais dois casos positivos para a doença, o que totaliza 61 confirmados no Rio Grande do Sul
O primeiro caso de varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, foi confirmado em Dois Irmãos, no Vale do Sinos. A notificação foi feita pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), em boletim informativo publicado nesta segunda-feira (22). Além do novo caso na região, outros dois casos foram confirmados na capital.
Ao todo, o Rio Grande do Sul totaliza 61 casos da doença. Além disso, 253 pessoas estão com suspeita da doença e aguardam resultado do exame.
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Mais dois casos em Canoas
A prefeitura canoense afirma que mais duas pessoas - além dos cinco divulgados pelo SES - positivaram para a doença na cidade. De acordo com a administração municipal, todos os setes pacientes que estão sendo monitorados pelo munícipio estão com sintomas leves. Os infectados são duas mulheres e cinco homens, com idades entre 29 e 57 anos.
Governo negocia 50 mil doses de vacinas
Em meio ao surto mundial de casos da varíola dos macacos - com mais de 33 mil casos confirmados até o dia 10 de agosto -, autoridades de saúde tentam adquirir a vacina e imunizar pessoas consideradas de alto risco. Na última semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que está negociando a compra de 50 mil doses do imunizante com a Organização Panamericana da Saúde (Opas). As doses serão aplicadas primeiramente em profissionais de saúde que lidam diretamente a doença.
A vacina que o Ministério pretende comprar é a Jynneos/Imvanex, produzida pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic. Contém uma forma atenuada não replicante do vírus Vaccínia Ankara modificado (MKA), que está relacionado com o vírus da varíola. Isso significa que o vírus não é capaz de se reproduzir e causar a doença em quem recebe o imunizante.
Segundo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), estudos mostraram que ela é eficaz na produção de anticorpos, mas ainda não é conhecida a duração da proteção.
A expectativa, conforme o Ministério, é receber uma parte das doses em setembro e outra em outubro. O governo ainda não definiu como será o plano de vacinação e nem se pretende fracionar as doses para aumentar a quantidade de vacinas - isso só será definido após a confirmação do recebimento dos lotes. O Instituto Butantan informou que ao menos por enquanto não há nenhuma negociação para produção do imunizante no Brasil. (Agência Einstein)
*Após contato da prefeitura de Dois Irmãos, a reportagem foi atualizada às 22 horas.