Funcionárias do Hospital de Montenegro denunciam assédio sexual na instituição
De acordo com Polícia Civil, há pelos menos cinco casos registrados. Ministério Público do Trabalho também confirma que há mais de uma investigação em andamento
A Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT/RS) investigam denúncias de funcionárias do Hospital Montenegro que relatam supostos casos de assédio sexual nas dependências da casa de saúde.
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Para não atrapalhar a investigação, a delegada preferiu não detalhar os casos denunciados. As funções das funcionárias seguem sigilo e ela também não informou se o crime teria sido cometido por um ou mais acusados, e nem a função hierárquica do suspeito. O período em que os abusos teriam acontecido também não foi confirmado.
O assunto foi pauta na reunião entre representantes dos municípios do Vale do Caí e o Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Caí (Ciscaí), que aconteceu na Câmara de Vereadores de Montenegro na manhã da segunda-feira (22). O encontro foi realizado para tratar sobre a situação dos serviços oferecidos pela casa de saúde após negativas do hospital em assistências aos municípios da região.
Na ocasião, a vereadora Camila Oliveira (Republicanos) revelou que foi procurada por vítimas dos assédios e lamentou que mulheres passem por esse tipo de situação no local de trabalho, tendo inclusive que pedir demissão para que não sofresse mais com a violência. A reportagem entrou em contato com a parlamentar, mas até as 18h30 desta terça não teve retorno.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Streb, afirma que pela entidade hospitalar tratar-se de órgão privado, compete às autoridades policiais e órgãos da Justiça apurar os casos citados na reunião.
“Exalto que é muito triste uma notícia dessa para a região, sabendo que dentro de uma instituição existe, em tese, um possível crime de assédio sexual. Acho que a mulher tem quer respeitada em todas as formas e em qualquer condição. Como gestor da saúde do município fico triste com esse tipo de notícia. Espero que as autoridades buscam se foi cometido o crime, se existem indícios e materialidade de autoria desse crime, e que seja punido na forma da lei”, diz Streb.
Por meio da assessoria, o Hospital Montenegro, que tem como mantenedora a Ordem Auxiliadora da Senhoras Evangélicas (OASE), disse que nos próximos dias enviará à imprensa uma nota de esclarecimento sobre o caso. Em nota, a prefeitura afirma que “defende a apuração de todos os fatos considerados suspeitos ou criminosos dentro da instituição de saúde.”