Déficit de recenseadores do IBGE gera incertezas
Nova turma para treinamento de capacitação é aberta para o Censo
O número de recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está aquém do necessário para suprir a coleta de dados para o Censo Demográfico 2022, em Canoas. A dificuldade em completar o quadro de profissionais ocorre também em outros municípios da região metropolitana. Esteio e Sapucaia do Sul abriram processo seletivo pela terceira vez.
O primeiro concurso realizado no começo do ano exigia pagamento de taxa de inscrição e realização de prova teórica, 126 canoenses se candidataram. Devido ao número insuficiente, foi aberto de forma simplificada um segundo processo seletivo, sem taxa e prova teórica, apenas com prova de títulos. Houve um salto na quantidade de candidatados, foram cerca de 900 inscrições.
Em julho, os 341 aprovados foram convocados para treinamento de capacitação, desses finalizaram o processo 210 pessoas. No decorrer de agosto foram contabilizadas 40 desistências. Atualmente estão a campo 170 recenseadores.
Capacitação
Uma nova turma com 95 aprovados foi convocada para capacitação de quatro dias. Na terça-feira (23) começaram as aulas de instrução para os recenseadores, nas dependências da Universidade La Salle. Será um intensivo para aprendizagem teórica e prática para a função de recenseador. Compareceram 53 pessoas.
“Vamos trabalhar conceitos básicos, como fazer a cobertura das regiões do município, como abordar os moradores, como proceder nos locais fechados ao mesmo tempo que ocorre a prática de como utilizar o equipamento disponível para transmissão de dados em tempo real”, salienta o coordenador de área do IBGE, Maurício Bitelo.
A média de idade entre os recenseadores em Canoas está acima dos 50 anos. O critério do segundo processo seletivo foi grau de escolaridade e idade (mais velhos têm preferência).
Agentes esbarram em dificuldades
Canoas foi dividida em 696 setores de trabalho, cada área corresponde em média a 250 domicílios. Conforme o coordenador, a maior dificuldade encontrada para acesso têm sido as residências em condomínios.
“Em alguns casos, a portaria barrou nossos agentes. Pedimos que atendam, todos os recenseadores e supervisores estão devidamente identificados com uniforme, boné e crachá com foto de identificação, também é possível por meio do QR Code impresso no crachá conferir a autenticidade do trabalhador”, explica Bitelo.
Os supervisores acompanham os recenseadores no primeiro dia de trabalho, nos demais, a visita é individual. “A partir de agora a tendência é agilizar o processo”, finaliza.