Novo Hamburgo segue entre as três cidades com mais geração de empregos no Estado

Após terminar o primeiro semestre de 2022 com bons resultados no quesito geração de empregos, onde dez municípios dos Vales do Sinos e Paranhana abriram juntos 7.266 novas vagas de trabalho, o segundo semestre segue com saldo positivo. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do do Trabalho e Previdência, revelando que Novo Hamburgo continua entre as três cidades que mais geraram empregos em julho, atrás apenas da capital e de Caxias do Sul.

Junto com os dados do Município, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Igrejinha, Ivoti, Parobé, Taquara e Sapiranga começaram o segundo semestre do ano com saldo de 1.138 novos postos de emprego.

A indústria foi responsável pela maior parte das vagas de empregos geradas no sétimo mês de 2022. Em segundo lugar vem o comércio, em terceiro a construção civil e na sequência o setor de serviços. Novo Hamburgo foi um dos municípios com o setor industrial como protagonista dos dados, com 1.357 trabalhadores admitidos e 1.122 desligados, resultando em um saldo positivo de 235 contratações somente no setor.

O número otimista, que totaliza 432 na cidade, poderia ser ainda maior, segundo avaliação do economista e professor da Universidade Feevale, José Antônio Ribeiro de Moura. “Se pensarmos que existe uma carência de mão de obra qualificada e que os empresários têm dificuldades em preencher as vagas e, ainda, se levarmos em consideração que a economia não está 100%, os números poderiam ser mais expressivos”, declara.

"Os resultados, no entanto, estão bem positivos para a nossa realidade econômica e vemos que na região o setor calçadista tem crescido bastante e, com isso, novas vagas de trabalho são ofertadas. E a tendência é melhorar até o fim do ano, mas acredito que veremos uma melhora significativa apenas em 2023", explica Moura.

Depois da indústria, o setor de serviços gerou 145 novos empregos no início do segundo semestre, enquanto o comércio foi responsável por 46, agropecuária gerou quatro e construção apenas duas vagas. Ainda conforme o economista, com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas estão priorizando ganhar menos e ter mais tempo com a família, o que acaba causando falta de mão de obra em todos os setores. “Outra coisa que a pandemia nos mostrou é que a tecnologia é imprescindível e é uma área em alta, que vem crescendo rapidamente e ao mesmo tempo ainda existe a carência de profissionais para este setor”, salienta Moura.

Novo Hamburgo em evidência

“Sempre tenho dito que emprego é o primeiro passo para o exercício pleno da cidadania. É com trabalho que as famílias conseguem renda e meios para lutar para realizar seus sonhos. Nossa economia segue fortalecida e crescendo de modo consistente”, enfatiza a prefeita Fatima Daudt. Ainda segundo o Caged, Novo Hamburgo teve saldo positivo na criação de empregos em todos os sete meses deste ano, acumulando 3.307 vagas criadas em 2022.

Nos últimos 12 meses, entre agosto de 2021 e julho de 2022, o saldo do Município é de 5.540 novos postos de trabalho criados, novamente o terceiro melhor desempenho do RS. “Mais emprego é mais renda, o que gera mais consumo e, novamente, mais empregos. Este é o círculo virtuoso da economia”, completa Fatima.

Entretanto, segundo o Caged, em julho de 2021, Novo Hamburgo teve saldo positivo de 1.140, mais de 950 empregos que julho de 2022, onde o saldo foi de 432 novos empregos. Já em julho de 2020, os dados mostram que o município teve saldo negativo de -137.

Onde a indústria não se destacou

Dos nove municípios analisados, a indústria só não foi destaque em Taquara, onde o setor de serviços gerou mais vagas; Dois Irmãos, em que a indústria foi responsável por apenas 11 novos postos; e Ivoti, onde fechou o mês com saldo negativo (-15).