Publicidade
Notícias | Região LUTA CONTRA O CÂNCER

Bebê com leucemia encontra doador de medula na Alemanha e marca data para transplante

Família fez grande mobilização em busca de doador para Pedrinho, de apenas um ano e meio

Por Priscila Carvalho
Publicado em: 30.08.2022 às 14:54

A família do menino Pedro de Lima Pinheiro, de 1 ano e meio, conhecido carinhosamente como Pedrinho, confirmou que foi encontrado doador de medula óssea para o pequeno, diagnosticado com leucemia aos 3 meses de idade e que necessita de um transplante.

Pedrinho
Pedrinho Foto: Arquivo pessoal

Conforme a família, o doador é da Alemanha, mas não foram divulgadas outras informações como sexo e idade. O transplante está marcado para o próximo sábado, 3 de setembro.

Irmã pediu presente

A notícia foi divulgada por meio de vídeo nas redes sociais da família, que mostra a irmã de Pedro, Manuela, 6, recebendo um presente. No pacote, uma camiseta com a frase “Encontramos o doador. A cura do Pedro chegou” e uma garrafinha d’água.

Manu, irmã de Pedrinho
Manu, irmã de Pedrinho Foto: Arquivo pessoal
Segundo a avó Márcia Costa Correa, 51, que mora no bairro Santa Tereza, em São Leopoldo, Manu tinha 4 anos quando o irmão foi diagnosticado, vivenciando a angústia pela procura de um doador, além da falta da mãe, que precisou se mudar para o hospital para acompanhar Pedrinho. “É um presente que a Manu pediu pra Suelen: que quando encontrassem o doador, ela ganhasse uma camiseta que dissesse que encontraram. Então, o vídeo da Manu foi a maneira que a Suelen achou para divulgar a todo mundo”, contou Márcia. Atualmente, a família mora em Joinville, Santa Catarina.

Preparação

Acompanhado da mãe, Suelen de Lima Pinheiro, 31, o menino está internado em um hospital oncopediátrico em Curitiba (PR), destinado especialmente ao combate do câncer infantojuvenil. Em vídeo junto ao pequeno, Suelen explicou a notícia e os próximos passos. “É uma gratidão que não cabe no peito”, destacou.

Nesta semana, Pedrinho iniciou com protocolo de quimio e radioterapia, que será finalizado na sexta-feira, dia 2 de setembro. Depois da infusão (transplante), ocorre o período da chamada 'pega da medula' que ocorre normalmente entre 14 e 40 dias. “Depois da pega, até completar 100 dias de transplante, precisamos morar em Curitiba, pois segue rotina de hospital e possíveis intercorrências”, relatou Suelen.

'Somos gratos demais à vida desse doador'

“Existe uma frase muito comum que diz que o transplante não acaba quando termina. A gente sabe que não será um tempo fácil, mas temos muita fé que nada disso foi em vão e que a cura do nosso menino chegou. Somos gratos demais à vida desse doador”, acrescentou a mãe de Pedrinho.

“Peço a todos que continuem orando pelo nosso menino. Nossa luta ainda não acabou, mas está próxima do fim. Então, muito obrigada a todos que estão mandando mensagem de carinho para nós”, completou o pai, Alan Marcel de Souza Pinheiro, 35.

Família pede que doações continuem

Também por vídeo, a família pediu que a campanha em busca de doadores siga, a fim de encontrar outros compatíveis com mais pessoas que precisam de transplante. “Agradecemos todas as orações, todos os envolvidos na campanha, e pedimos que ninguém pare. Continuem sendo doadores de medula óssea. Vamos nos cadastrar, procurar o Hemocentro, porque não é só a vida do Pedro. Muitas e muitas vidas precisam de um doador compatível também”, ponderou Suelen.

“Pedimos oração pela vida do doador, pela pega da medula nova, que não haja intercorrências, e pela campanha continuar. Se não mais para o Pedro, mas, então, pelo Pedro”, completou.

Relembre o caso

Há um ano e três meses, os médicos descobriram que Pedrinho desenvolveu um tipo de leucemia que necessita do transplante de medula óssea. Desde então, a família iniciou a batalha para conseguir um doador.

A esperança estava no pai, Alan Marcel de Souza Pinheiro, que após exames descobriu ser 50% compatível com o filho. No entanto, passados 40 dias do transplante, o organismo do pequeno Pedro rejeitou a nova medula, fazendo com que a busca por um doador compatível retornasse ao início.

A partir daí, a família, que morava em São Leopoldo, começou uma grande mobilização. A avó Márcia Costa Correa organizava todas as semanas uma van que saía da Praça da Biblioteca, no Centro, para o Hemocentro de Porto Alegre, onde as pessoas podem doar medula óssea, sangue e plaquetas.

A campanha envolveu ainda a distribuição de panfletos e a realização de pedágios para esclarecer sobre o assunto. Tanto a esperança atravessou fronteiras que ganhou abrangência mundial e contou com pessoas de vários países colaborando, além do compartilhamento de famosos, como o Padre Fábio de Melo:

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas
Botão de Assistente virtual