'É difícil pensar em uma vida sem ele', diz esposa do motociclista que morreu em acidente na BR-116
Jaqueline Pereira estava na carona de Cleoedem Machado quando se envolveram em um acidente com três carros na rodovia
Passado o susto do trágico acidente que tirou a vida do esposo, a professora Jaqueline Viegas Pereira, 51 anos, tenta encontrar uma explicação para tudo o que tem vivido. "Não entendo como eu saí ilesa. Eu não tive nenhum arranhão", relata a sobrevivente. Em 21 de agosto, o marido dela, o motociclista Cleoedem de Oliveira Machado, 56, perdeu a vida em um acidente de trânsito na BR-116, em São Leopoldo. Naquele momento, os dois voltavam de um passeio em Picada Café, na Região das Hortênsias. Ele dirigia a moto e ela estava na carona quando se envolveram em uma colisão seguida de atropelamento.
Motociclista que morreu após acidente na BR-116 foi derrubado por carro em fuga e atropelado por outro veículo
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Jaqueline diz que sempre acompanhava o marido nos passeios pois se sentia segura. "Ele sempre foi um motorista muito prudente, muito consciente dos riscos e do perigo que era o trânsito." Segundo ela, esse foi o primeiro acidente de trânsito em que ele se envolveu. "Foi uma fatalidade. Uma imprudência de trânsito que assola uma família." E acrescenta que espera por justiça, "que a Polícia apure quem foram os responsáveis e que os responsáveis possam pagar pelos seus erros".O casal estava junto há mais de 30 anos. Jaqueline descreve a união como uma relação "de muito amor, muita cumplicidade, ele era um homem maravilhoso, amoroso e querido". "Estou em pedaços. É difícil pensar em uma vida sem ele. Ele era o centro da família, superprotetor dos filhos, gostava de churrasco, reunir a família e compartilhar momentos."
Machado e os filhos mais velhos trabalhavam juntos na empresa da família, localizada no pátio da casa dele, em Esteio. Para Jaqueline, ele era um "pai amoroso e sempre trabalhou muito". Ele deixa a esposa, três filhos, uma filha e uma neta.
Crime é investigado
O acidente entre três carros e a motocicleta Honda CBR 1000 aconteceu no sentido interior-capital. Conforme a Polícia Civil, um Volkswagen Voyage branco colidiu em um Renault Clio prata. Devido à velocidade, o Voyage invadiu o outro lado da pista e, sem tempo de frear, a moto com o casal, bateu na traseira do carro branco. Na sequência, o casal caiu da motocicleta e um Volkswagen Fox vermelho atropelou o motociclista.
O crime foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor. O delegado Rogério Baggio, responsável pela investigação, diz que a Polícia ouve suspeitos e testemunhas. A Polícia também analisa imagens de câmeras de segurança para esclarecer os fatos.