Famílias vivenciam a realidade do campo na Expointer

O último dia da 45ª Expointer, no Parque Assis Brasil, em Esteio, fica marcado pela forte presença de famílias. Pais, filhos e avós circulam em meio aos pavilhões, onde os animais e máquinas atraem a atenção para o registro de imagens da feira, com visitação presencial.

Nos últimos dois anos, a feira ocorreu em meio a um cenário de restrições impostas pela pandemia. Em 2020, foi fechada ao público e, no ano passado, contou com número de visitantes limitado para cumprimento dos protocolos de saúde.

Duas famílias de Canoas aproveitaram para fotografar máquinas e equipamentos agrícolas, antes de passar pelo pavilhão onde estavam os animais, especialmente ovelhas. Os irmãos Lorenzo e Leonardo de Paula Flores, 8 e 4 anos, respectivamente, foram fotografados pelo vizinho, o profissional autônomo Alexandre Nerbas, 51 anos, que levou a filha Júlia dos Santos Nerbas, 12, para a feira.

Os meninos, conta a mãe dos dois, a cuidadora de idosos Ana Cleia de Paula, 37, conheciam a feira pela primeira vez.

Ana conta que deixou o final de semana reservado para a família, com o intuito de mostrar aos filhos como funciona o evento. "É a primeira vez deles aqui. Se não tivesse uma feira dessas, eles não teriam como saber o que acontece na vida do campo. As pessoas da cidade não têm esse conhecimento e essa feira proporciona visualizar as máquinas e eles estão deslumbrados.

"Tinha uma ali que a gente até cabia no pneu", comentou um dos filhos, durante a entrevista.

A administradora Daiane Ramon, 33, e seu marido, o assistente financeiro Dionatan Bruzza, 38, levaram o afilhado Leonardo Bruzza, 6, para a feira. A expectativa era grande para o passeio dos moradores de Canoas. "Gostamos dessa parte do agro", comentou Daiane, acrescentando que a família já tinha feito fotos do menino junto aos tratores.

Bernardo Ferreira Rocha, 6, também teve um domingo diferente. Seu pai, o bancário Bruno Rocha, 37, trabalhou na feira, mas no domingo, acompanhado também da mãe, a administradora Paula Ferreira, 35, teve a oportunidade de ver as ovelhas. "Ele gostou do pônei e do cavalo, mas queria ver as ovelhas", declarou a mãe do menino. Ela acrescenta que, mesmo com a movimentação intensa, acha importante as crianças conhecerem os animais.