Hamburguense acompanha homenagens à rainha Elizabeth II em Londres
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As primeiras notícias sobre a piora no quadro de saúde da rainha Elizabeth II deixaram em alerta o hamburguense Eduardo Oliveira, de 23 anos. Ele passou a acompanhar o noticiário com atenção. Eduardo mora em Dublin, na Irlanda, para onde se mudou em função de um intercâmbio de oito meses.Ainda não havia confirmação da morte da rainha quando o logo da rede de TV britânica BBC ficou preto, em sinal de luto, e a família real começou a se deslocar ao castelo de Balmoral, na Escócia, onde estava a rainha. Foi quando ele decidiu embarcar logo para Londres.
"Comprei a passagem, aluguei o hostel e, dez minutos depois, saiu a notícia de que ela tinha falecido. É minha primeira vez em Londres. Meu objetivo é acompanhar todos esses eventos históricos da família real", conta.
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Ao meio dia, os sinos tocaram em todas as catedrais. Às 13 horas, foram disparados 96 tiros de canhão em alusão à idade com que morreu Elizabeth II – monarca do Reino Unido e de mais 14 países na Europa, América e Oceania.
Desde criança
Eduardo conta que seu interesse pela família real vem desde a infância.
"Sempre gostei da família real. Quando teve o casamento do príncipe William e Kate Middleton, fiquei a madrugada inteira assistindo. Sempre me interessou muito entender como eles conseguem atrair tanta atenção a favor deles", recorda Eduardo, que falou com a reportagem pela Internet diante da Abadia de Westminster, onde o casamento fora realizado em 2011.
Trabalho de conclusão sobre a família real
No fim do ano passado, Oliveira formou-se em Relações Internacionais com ênfase em Marketing e Negócios, e a família real foi assunto de seu trabalho de conclusão de curso.
No trabalho acadêmico, ele fez uma análise, da perspectiva de marketing e negócios, dos casamentos do príncipe Willian, com Catherine Middleton em 2011; e do príncipe Charles, com Diana Spencer, mais conhecida como Lady Di, em 1981. O enfoque foi a repercussão midiática, os souvenirs e a figura dos personagens da família real como celebridades.
Oliveira analisa que os grandes eventos realizados pela coroa e a forma como a família real trabalha sua imagem diante do público no mundo inteiro é também uma forma de impulsionar o turismo e a economia, com a atração de visitantes e a venda de produtos.
"São pessoas que têm muito poder sobre o Reino Unido e, como qualquer pessoa, quem tem poder quer continuar no poder. Eles trabalham muito bem essas estratégias de marketing, com auxílio da mídia, construindo muito uma ideia de conto de fadas em cima da coroa britânica, para que as pessoas consumam esse conteúdo."