Família de advogada desaparecida instala outdoor no Centro de São Leopoldo
Sumiço da jovem Alessandra Dellatorre, de 29 anos, completa dois meses nesta sexta-feira, dia 16
Às vésperas de completar dois meses do sumiço da advogada leopoldense Alessandra Dellatorre, 29 anos, a família da jovem colocou um outdoor no Centro de São Leopoldo. A instalação aconteceu nesta quinta-feira (15) na esquina da Avenida Dom João Becker com a Rua São Joaquim. A estrutura tem a foto de Alessandra e telefones para contato sobre pistas do paradeiro da jovem. Além disso, para o próximo dia 24, está marcada uma missa, a ser celebrada a partir das 16h30, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus.
Pelas redes sociais, a mãe de Alessandra, Ivete Dellatorre, segue fazendo apelos, na esperança de receber alguma informação que a leve até o paradeiro da jovem. "Vamos fazer uma grande corrente de orações para encontrarmos minha amada filha", escreveu Ivete.
Moradora do bairro Cristo Rei, Alessandra foi vista pela última vez na tarde de 16 de julho, quando saiu de casa para fazer uma caminhada pelas proximidades. Aquela, segundo a família, era a segunda caminhada da jovem no dia. Um comportamento habitual, relatam os parentes.
A diferença, naquele sábado, foi o trajeto escolhido por Alessandra para a caminhada. Normalmente, segundo a família, a jovem ficava apenas na Avenida Unisinos. No dia do desaparecimento, de acordo com testemunhas, ela teria sido vista entrando em área de mata na Estrada do Horto, que liga São Leopoldo a Sapucaia do Sul.
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Sozinhos, os pais também fizeram incursões pelo local. No início de agosto, equipes voltaram para mais uma varredura na mata, mas não encontraram nenhum vestígio da jovem.
Inquérito segue em aberto
Responsável pela investigação do caso, o delegado titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) do Município, André Serrão, diz que só falará ao final das investigações, que seguem em sigilo.
Diretor do departamento de Homicídios da região metropolitana, delegado Cassiano Cabral, conta que, em casos como este, o inquérito não é encerrado até que se encontre a pessoa desaparecida. "Até lá, a Polícia segue verificando informações, quase que diariamente", explica.
Equipe particular, perfil no Instagram e recompensa
Para auxiliar no trabalho investigativo, recentemente a família de Alessandra contratou uma equipe particular. "Contratamos um escritório de advocacia para realizar o que se chama de 'investigação defensiva'. O objetivo é ir além da tese da Polícia, de que foi suicídio. A família trabalha com outras hipóteses, até porque, se fosse suicídio, deveríamos já ter um corpo. Ou seja, a Polícia trabalha com a lógica de que ela está morta, e nós trabalhamos com a lógica de ela está viva", diz a tia e madrinha de Alessandra, Érica Dellatorre.
Além disso, segundo Érica, a família contratou, também, especialistas para fazer o que se chama de "autópsia psicológica", que serve para traçar o perfil psicológico de uma pessoa morta ou desaparecida. "O resultado foi 'inconclusivo para suicídio'. Em suma, especialistas não ratificam a tese da Polícia", acrescenta Érica.
Além disso, um telefone de contato direto com a família foi disponibilizado, por meio do número (51) 99771-5838 e criado o perfil no Instagram@procurandoale.
Mobilizados, os pais de Alessandra chegaram a oferecer uma recompensa de R$ 15 mil a quem a entregasse viva à família.
Informações sobre o paradeiro da advogada podem ser repassadas à Polícia Civil pelo telefone 0800-642-0121 ou à Brigada Militar pelo 190.