Jairo Jorge diz ter convicção de que retorna à Prefeitura de Canoas no fim deste mês
Prefeito afastado concedeu entrevista para o Diário de Canoas nesta quinta-feira (15) e desmentiu de forma veemente a possibilidade de renunciar ao cargo
O prefeito afastado de Canoas, Jairo Jorge (PSD), falou pela primeira vez ao Diário de Canoas sobre a Operação Copa Livre, deflagrada em 31 de março pelo Ministério Público e que resultou em seu afastamento da Prefeitura por ordem judicial.
Identificada mulher que morreu atropelada por caminhão na RS-239, em Sapiranga
Motorista sofre mal súbito, bate o carro e morre em Campo Bom
Incêndio em residência deixa um casal e três crianças mortos em Arroio dos Ratos
“Foram dias muitos difíceis. Não tem nenhum glamour nessa minha rotina, que é de tristeza, de dificuldades, já que a maior paixão da minha vida é a política”, desabafou o prefeito em sua primeira entrevista ao DC desde que foi afastado.
A convicção no retorno, segundo o político, tem três fatores a serem observados. O primeiro é o fato de as medidas cautelares impostas pela Justiça a pedido do MP terem sido respeitadas. “Todo mundo está na rua fazendo campanha e eu estou em casa. Fiz até mais do que pediram.”
O segundo motivo, de acordo com Jairo, é que o argumento do MP sobre a possibilidade de intimidar as testemunhas não existe. “Ah, ele é prefeito e vai intimidar as testemunhas. Não, elas já foram todas ouvidas”, argumenta.
O que restaria de pendência no processo, na visão do MP, seria a possibilidade de Jairo, na condição de prefeito, acessar dados do Banco Central (BC). “Veja bem: eu, como prefeito, não tenho como interferir no Banco Central, nem Presidente da República pode interferir. O BC é independente.”
Ao listar o terceiro motivo para justificar seu provável retorno ao cargo ainda este mês, Jairo se refere a uma possível reincidência em fatos considerados ilegais pelo Ministério Público. “Fui secretário-executivo no Ministério da Educação, administrei quase R$ 30 bilhões, não tem sequer um apontamento meu. Fui secretário da Educação de Sapucaia do Sul, não tem nenhum apontamento. Quando atuei na prefeitura de Porto Alegre também não. Como prefeito não tem nada de corrupção, nada de desvio”, afirma o prefeito afastado.
Jairo também foi taxativo ao comentar os boatos que circulam na cidade sobre uma eventual renúncia. “Nunca vou renunciar, fui eleito pelo voto popular. Por que eu renunciaria?”, questiona.
Ele reitera que ser o chefe do Poder Executivo é o cargo mais importante para um político. “Ser o prefeito da cidade onde nasci é um privilégio. Qual é o cargo mais próximo do cidadão? O de prefeito.” E completa afirmando que o dia 27 de setembro será o início de um quarto mandato. “Não descumpri nada, já fiz minha defesa perante a Justiça. Não posso ser condenado sem ser julgado. Se o afastamento for renovado, seria uma condenação”, finaliza.