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Notícias | Região SAPIRANGA

Ministério Público pede o bloqueio dos bens de Corinha e Renato Molling

Acusados de enriquecimento ilícito, políticos negam irregularidades

Por João Carlos Ávila
Publicado em: 22.09.2022 às 20:03

Investigação iniciada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Novo Hamburgo e depois encaminhada à Procuradoria dos Prefeitos, do Ministério Público Estadual, pede o bloqueio de bens da ex-prefeita de Sapiranga, Corinha Molling, e de seu esposo, o ex-prefeito e ex-deputado federal Renato Molling, ambos do Progressistas.

Eles são denunciados por suposta prática de improbidade administrativa e “de atos que configuraram enriquecimento ilícito e afronta aos princípios que norteiam a atividade pública”, aponta o MP. Em campanha para deputado federal, Molling diz que não foi citado, mas atribui a denúncia ao período eleitoral.

A ação, que já tem seis volumes, tramita no Núcleo de Justiça 4.0 de Proteção ao Erário Público do Tribunal de Justiça (TJ-RS), após o juiz da 3ª Vara Civil de Sapiranga, Leandro Preci, declinar a competência e encaminhar os autos à Vara Estadual de Improbidade Administrativa. No MP de Sapiranga o inquérito civil foi conduzido pelo promotor Micael Schneider Flach, que protocolou a ação em 19 de agosto.

A densa investigação atinge ainda o filho do casal, Vinícius Molling, e a empresa VLM2 Participações, da qual Vinícius é sócio com sua irmã, Larissa. Conforme o MP, no período das supostas irregularidades Corinha era prefeita e, Molling, deputado federal. Eles teriam exigido vantagem indevida “para facilitar/viabilizar a aprovação do Loteamento Imperial” em Sapiranga.
35 terrenos

“Renato exigiu para que fosse possível realizar loteamento, uma área de 11.513m², correspondente a cerca de 35 lotes, com valor estimado de R$ 4.725.000,00”, justifica o MP no pedido de bloqueio de bens do casal. A VLM2 foi contratada para, supostamente, fazer os estudos técnicos, o que não seria da sua responsabilidade.

Desde que a ação chegou na Vara da Improbidade, a Justiça deu prazo de cinco dias para a manifestação dos denunciados antes de decidir se acata o pedido de antecipação de tutela para bloqueio dos bens. Anteontem a Justiça determinou a emissão urgente da citação do casal.

Além de atribuir o fato ao período eleitoral, Renato Molling diz que trata-se de negócios particulares. “Não tem nada a ver com a prefeitura”, garante. “Negócios são negócios”, acrescenta. Ele frisou ontem ao Jornal NH que não foi citado e “pelo que está demonstrado, não tem nada de errado”. O ex-deputado justifica que sua esposa sequer sabe onde fica o loteamento em questão e que os negócios “foram feitos 100% dentro da lei”.

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