Jairo Jorge diz que prorrogação do afastamento da Prefeitura de Canoas 'é absolutamente desnecessário'
Atendendo a um pedido do Ministério Público, 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça renovou afastamento do prefeito e mais quatro servidores
O prefeito eleito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), comentou no início da noite desta segunda-feira (26) a decisão da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) que o mantém afastado do cargo por mais 180 dias. Os primeiros 180 dias, iniciados em 31 de março, quando foi deflagrada a Operação Copa Livre, se encerram nesta terça-feira (27).
Por meio de nota divulgado por sua assessoria, Jairo Jorge diz que respeita a decisão do TJ, "mas entende que isso, além de uma injustiça, é absolutamente desnecessário". Reafirma que "restará demonstrada sua inocência no curso do processo, estado este que deveria ser respeitado inclusive para a imposição de tão gravosa medida cautelar".
Ainda na nota o prefeito afastado diz que "não há motivos para a prorrogação do afastamento do cargo de prefeito, pois todas as testemunhas já foram ouvidas e faltam apenas as análises dos dados bancários para concluir a investigação".
"Além disso, foram cumpridas rigorosamente todas as medidas cautelares, e não há um histórico de práticas ou denúncias de corrupção a indicar a necessidade de manutenção da medida, sendo inadequada sua renovação. Jairo Jorge buscará pela via judicial adequada o restabelecimento da soberania popular, pois foi eleito pelo voto dos canoenses", encerra a nota.
Com a decisão desta segunda-feira, o vice-prefeito eleito, Dr. Nedy de Vargas Marques (Avante), segue no comando da Prefeitura de Canoas. A Operação Copa Livre investiga supostas irregularidades em contratos da Prefeitura com empresas prestadoras de serviço nas áreas de copeiragem, limpeza e saúde pública. Jairo Jorge é acusado de receber propina para financiamento de campanha, o que ele nega.