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Pitbulls matam ganso e ferem cachorro de rua em São Leopoldo

Moradores do bairro Campestre que presenciaram ataques buscaram a prefeitura. Tutora dos animais e órgão que atendeu a ocorrência afirmam que cães são dóceis

Por Jessica Ramos
Publicado em: 13.10.2022 às 22:08 Última atualização: 14.10.2022 às 10:26

O comportamento agressivo de um casal de cães da raça pitbull provocou momentos de tensão entre os moradores da Vila Nova, no bairro Campestre, em São Leopoldo, na manhã desta quarta-feira (12). Segundo relatos de pessoas que preferiram não se identificar, os dois cachorros atacaram um ganso, que acabou morrendo, e uma cachorrinha de rua, que escapou com vida após ser socorrida por vizinhos.

Pitbulls atacam cachorro em situação de rua e ganso em São Leopoldo
Pitbulls atacam cachorro em situação de rua e ganso em São Leopoldo Foto: Reprodução/Câmera de segurança

À Polícia, uma moradora relatou ter acordado com os gritos dos vizinhos e gemidos da cadela vítima do ataque. Usando cabos de vassoura e pedaços de madeira para tentar separar os animais, descreve, foram necessários cerca de 15 minutos para que as agressões fossem interrompidas.

Os ataques dos pitbulls foram filmados pela comunidade e também por câmeras de segurança. (Veja abaixo). Com medo de que a situação se repita – e, principalmente, conforme relatam, que uma criança ou idoso seja vitimado –, moradores acionaram a prefeitura por meio de contato com a Guarda Civil Municipal (GCM).

Confira o vídeo

GDA declarou que cães são dóceis

O Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) Ipson Pavani atendeu a ocorrência e informa que, em acolhimento à solicitação dos vizinhos, os tutores dos cães foram procurados. Segundo o órgão, os animais aceitam contato humano e o ambiente em que vivem não caracteriza maus-tratos. Para o GDA, a existência de muitos cães em situação de rua no bairro evidencia que os pitbulls são cães dóceis.

O órgão relata ainda que, havendo registro de ocorrência policial por parte dos tutores dos animais atacados, os donos dos pitbulls podem ser acionados judicialmente. De acordo com a administração municipal, não cabe ao órgão a responsabilidade sobre o caso.

Confira a nota da prefeitura na íntegra:

"Segundo relatos do GDA houve um deslocamento para apurar a denúncia de dois cães pitbulls soltos na via. Chegando ao local se constatou que a residência onde os animais habitam estava com o portão aberto que possibilitou a fuga dos cachorros. Os proprietários estiveram no local para encontrar os animais. Ficou evidente a preocupação dos donos, verificamos no pátio a existência de água e alimento na casinha deles, descaracterizando o estado de maus-tratos. Nos primeiros minutos os proprietários encontraram um dos cães, e seguimos nas buscas até recebermos outro chamado via 153, alegando que um pitbull havia atacado um cão de rua e havia se abrigado embaixo de uma Ecosport preta, na Rua Paulo Uebel 1876.

Próximo a este local o GDA constatou gansos soltos no local. No pátio da residência dos cães havia um ganso morto. O GDA constatou a aceitação de contato humano por parte dos cães, e a existência de muitos cães em situação de rua no bairro, o que evidencia os pitbull serem dóceis."

Tutora alega que portão estava com defeito

A tutora dos cães disse que lamenta a situação e que a classifica como uma fatalidade. A mulher relatou que comprou os cães ainda filhotes, há cerca de dois anos, e que eles nunca atacaram pessoas. “Meu afilhado é pequeno e convive com eles. Nunca foram agressivos com ele”.

Ela explicou que se mudou há dois meses para a casa onde reside com o marido e que o controle do portão estava com mau contato, o que poderia ter ocasionado a sua abertura e também a fuga dos cachorros do casal.

Conforme a leopoldense, esta não foi a primeira vez que os cães saíram, mas ela não vai mantê-los na coleira, pois ambos fazem a segurança do pátio. A tutora também disse não ter como garantir a segurança de outros animais que eventualmente estejam soltos na rua, mas que está estudando a possibilidade de adestrar os seus pitbulls.

“Temos dificuldades para adaptar os cachorros, pois moramos de aluguel. Mas a Guarda esteve aqui e testemunhou que não há maus-tratos e que são cães dóceis. Acredito que os ataques a outros animais tenham ocorrido por instinto, são animais. Foi uma fatalidade. Se você, ou outra pessoa, vier na minha casa, eles vão pedir carinho”, descreveu a tutora.

Polícia aguarda ocorrência

A delegada Cibelle Altamiranda Savi, titular da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, disse que ainda não recebeu o boletim de ocorrência sobre o caso, portanto não pode avaliar a situação específica.

Segundo ela, assim que tiver conhecimento dos fatos, será dado prosseguimento das diligências necessárias para entender se houve, por exemplo, omissão de cautela por parte dos tutores, e qual é a respectiva responsabilidade de ambos.

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