Guarda Municipal de São Leopoldo é afastado após agredir adolescente no centro da cidade

Um agente da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Leopoldo, que atuava na segurança do prédio do Conselho Tutelar, foi afastado das funções depois de ser flagrado agredindo um adolescente no centro de São Leopoldo na manhã desta terça-feira (25). A agressão foi gravada por uma câmera de videomonitoramento de um estabelecimento comercial.

O caso aconteceu por volta das 7h45, na Avenida João Corrêa, quase na esquina com a Rua Independência. As imagens mostram o momento em que o adolescente, de 17 anos, e o guarda passam pela mesma calçada, mas em sentidos opostos. Distraído, o garoto esbarra no homem, que volta até ele para tirar satisfações e o agride com um tapa.

Eles ainda discutem, e o jovem segue o guarda até a sede do Conselho, que fica na mesma avenida. “Ele chegou em casa com o ouvido sangrando e nos falou o que havia acontecido. Eu e meu marido fomos até o Conselho e lá o guarda negou a agressão e ainda nos mandou dar educação ao nosso filho. Ainda nos mandou sair do local, ameaçando nos prender”, conta a mãe do menino, uma comerciária de 36 anos.

Moradora do bairro Feitoria, ela registrou o caso na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). “O que ele fez foi errado. Foi um tapa forte, que machucou o meu filho. Vou ir a fundo neste caso”, diz a mulher.

À reportagem, o guarda municipal disse que no momento não irá se manifestar sobre o fato. Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura confirmou que o guarda foi afastado de suas funções e que o caso é analisado pela Ouvidoria e será repassado para a Corregedoria onde será aberta uma sindicância e um processo administrativo. Segundo o coordenador do Conselho Tutelar Centro, o conselheiro Alexandre Silva, o agente trabalhava há cerca de sete meses no local.

A reportagem não divulga o nome dos envolvidos para preservar a identidade do adolescente, conforme o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina que: "O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais".