Manifestações em grupos são proibidas no dia do pleito; veja o que é permitido no 2º turno

Neste domingo, 30 de outubro, mais de 156 milhões de brasileiros vão às urnas para o segundo turno das eleições presidencial e para governador, no caso de 12 estados da federação, incluindo o Rio Grande do Sul.

Assim como no primeiro turno, o eleitor deve estar atento ao local de sua seção eleitoral e comparecer munido de documento com foto e colinha, se necessário, impressa, pois não é permitido levar celulares ou outros objetos eletrônicos para a cabine de votação.

O primeiro voto será para governador. Em seguida, o segundo, para presidente. A abertura da votação ocorre às 8h e seu encerramento se dará às 17h. O voto é obrigatório para os eleitores maiores de 18 anos, e facultativo aos analfabetos e os maiores de 70 anos, assim como para os jovens de 16 e 17 anos.

Aglomerações e manifestações

Juíza da 73ª zona eleitoral de São Leopoldo, Maria Aline Cazali lembra que não é preciso levar comprovante de votação do primeiro turno para participar do pleito neste domingo e, caso não tenha votado no primeiro turno, pode sim, votar no segundo – quem não votou no primeiro turno, deve justificar sua ausência para evitar a perda de alguns direitos. O prazo para justificar é de até 60 dias após cada pleito.

A magistrada também destaca algumas orientações importantes para o domingo. Um delas é a de evitar aglomerações e manifestações em grupos, que são proibidas. “A expressão de voto individual e silenciosa é permitida, como bonés, camiseta, adesivo na camiseta, a sua própria bandeira, como sempre foi”, recorda, reforçando a importância de levar a colinha com os números dos candidatos. “Eu mesma levo a minha para não errar!”

Resultado vem da vontade popular, cita juíza

Maria Aline também coloca o que espera para este segundo turno. “Espero que o eleitor se comporte como se comportou no primeiro turno. Apesar do que se tem visto nos últimos dias no que diz respeito aos ânimos, acredito que, na hora do voto, essa divisão vai se diluir, afinal, dado o voto não há mais o que se fazer. Não adianta mais brigar, discutir, dizer que A ou B fizeram isso ou aquilo... é aguardar o resultado e a verdade que vem da vontade popular”, ressaltou. “E assim espero que tenhamos um dia tranquilo, de preferência chuvoso, pra evitar aglomerações e manifestações ruidosas, que são desnecessárias”, acrescentou.

Avaliação positiva do primeiro turno

A juíza fez ainda uma avaliação do primeiro turno das eleições, que entendeu ter sido bastante tranquilo, ao contrário do esperado. “Durante a preparação do pleito, sofremos com muitos pedidos de dispensa do serviço de mesário, pedidos, inclusive, de cidadãos que haviam se voluntariado. Como eu costumo dizer, voluntária é a inscrição para ser mesário; a partir da convocação, é obrigatório, podendo haver dispensa nas hipóteses legais. Claro que, eventualmente, alguma situação particular, mesmo não prevista em lei, pode ser considerada para dispensar o mesário, mas não é a regra. Depois de muito trabalho, conseguimos fechar o grupo para as eleições”, salientou.

“Não tivemos problemas com urnas, tudo transcorreu dentro da normalidade no dia. Houve algumas denúncias de boca de urna, pontuais, para o que a Brigada Militar foi deslocada e prontamente atuou para dissipar as aglomerações. As filas foram uma característica desse primeiro turno no País inteiro, talvez pelo número de cargos e, em alguns locais, em razão da biometria, mas acredito que não será problema para o segundo turno. Especificamente em São Leopoldo, apesar de terem havido filas em algumas seções, não comprometeram a alimentação do sistema do TSE com os votos das urnas. Tudo ocorreu a contento e dentro do prazo que se esperava”, concluiu.