Dia de Finados movimenta cemitérios na região

O Dia de Finados, celebrado nesta quarta-feira (2) é de reflexão e de homenagens aos falecidos nos cemitérios da região. Em São Leopoldo, um dos lugares que tem atraído dezenas de visitantes é o Cemitério Municipal Cristo Rei, um dos mais antigos da cidade. No local, dezenas de pessoas já aproveitaram o dia ensolarado e com temperatura agradável para limpar e enfeitar os túmulos de seus entes queridos.

Para a aposentada Luci Fidellis Machado, 72 anos, o feriado é, tradicionalmente, o dia escolhido para arrumar a sepultura do pai, Vítor Machado, falecido há 9 anos. "É um costume que faço questão de preservar enquanto eu estiver aqui", diz. Segundo Luci, a saudade dos familiares falecidos é diária, mas aumenta em datas como Finados. "A saudade é constante, mas dias como este são especiais e fortalecem, ainda mais, o amor que sentimos por quem já se foi", opina.

Enquanto limpava a sepultura do marido, Luiz Antenor, falecido há 11 anos, a aposentada Zenaide Ferraz, 82 anos, se emocionou ao lembrar de sua perda mais recente, o filho Paulo Roberto Teixeira, 62. Paulo, que morava com a mãe, faleceu em fevereiro deste ano, após uma dolorosa luta contra o câncer. "Ninguém imagina o que é a dor de uma mãe que perde um filho. Tem dias que me desespero, que sinto ainda mais a falta dele. Mas estou seguindo, este era o desejo dele", recorda.

Missas em Esteio

Em Esteio um dos destaques da programação de Finados no Cemitério Dois de Novembro são as duas missas celebradas no local. A primeira delas, às 9 horas foi presidida pelo padre Gilson Neto da Paróquia Coração de Maria. À tarde, a celebração, que estão marcada para ocorrer às 16 horas, será realizada pelo padre Fábio José Christ, da Igreja Santo Inácio. 

Oportunidade de vendas de flores

Para os floristas, o movimento nos cemitérios foi oportunidade para vendas de arranjos e buquês. Em frente ao Cemitério Municipal Cristo Rei, de São Leopoldo, uma das expositoras foi a vendedora Franciele Olívia da Silva, 21 anos. Segundo ela, pela manhã o movimento foi aquém do esperado. "As vendas estão fracas e quem chega para comprar não está disposto a gastar muito", diz. Conforme Franciele, os arranjos com mais saída eram os mais baratos, que custavam R$15, de flores naturais ou artificiais. Já os buquês com as chamadas flores nobres, como as rosas saíam por R$40.

Chuva de pétalas e poesia

Neste ano, a celebração de Finados no Crematório e Cemitério Ecumênico Cristo Rei, contou, além da tradicional chuva de pétalas, também com poesia. De domingo até terça-feira, o escritor Fabrício Carpinejar participou de encontros nos cemitérios do Grupo Cortel. O tema das palestras foi "Aquecendo os corações - Todas as dores do mundo" e a entrada era um quilo de alimento e inscrição prévia. Na unidade de São Leopoldo, a visita do escritor aconteceu terça-feira às 19 horas.