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Notícias | Região BEM-ESTAR ANIMAL

Programa de adoção da Prefeitura de Canoas 'Pocotó Meu Xodó' traz nova vida aos animais

Quem tem um espaço adequado e condições de cuidar, pode fazer como várias famílias fizeram e adotar um cavalo

Por Raquel Kothe
Publicado em: 03.11.2022 às 09:18 Última atualização: 03.11.2022 às 09:23

O amor pelos animais tem diversas formas de manifestação. Quem tem um espaço adequado e condições de cuidar, pode fazer como várias famílias fizeram e adotar um cavalo. O programa "Pocotó, Meu Xodó" é uma iniciativa da Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria Especial de Bem-Estar Animal (Sebea), que possibilita a adoção responsável de cavalos resgatados na cidade, oriundos de situações de maus-tratos, abandono ou entregues por carroceiros, a partir da implantação do programa Canoas do Bem.

Maria Rita sempre sonhou em ter um cavalo, a realização veio recentemente pela Juma
Maria Rita sempre sonhou em ter um cavalo, a realização veio recentemente pela Juma Foto: FOTOS PAULO PIRES/GES

Todos os animais são entregues tratados, vacinados e com microchip de identificação. Eles estão sendo cuidados em um abrigo na cidade de Viamão, contratado por meio de licitação pela Prefeitura. Conforme Elisa Zorn, a Lica, da Sebea, em 2022 já foram 20 adoções e em 2021, 16.

O casal Eliza Kauer da Fontoura e Dionildo Bonato adotou há cerca de 40 dias a égua Juma, com mais ou menos 15 anos de idade. Ela rapidamente se transformou na queridinha de todos. Mimada e cheia de charme, é banhada com xampu neutro, ganha ração e até bananas e cenouras. "Aqui não poupamos boia", diz Dionildo.

Maria Rita, 20 anos, neta do casal e criada como filha desde que a mãe faleceu, quando tinha dois aninhos, tinha o desejo de ter um cavalo. A oportunidade chegou e a garota aproveita o máximo possível a companhia. O pátio do sítio que residem, tem uma enorme paineira que forma uma deliciosa sombra. Por ali Juma é a "dona do "campinho".

Sapeca e gulosa, não perdoa a ração dos cachorros e até dentro de casa quer entrar, caso os humanos se distraiam. "Aposentei a roçadeira com a chegada da Juma", relata Dionildo. A égua come as gramas deles e também de dois vizinhos e deixa as gramas um verdadeiro tapete.

"Eu ajudo a cuidar, a limpar a cocheira. Eu gosto muito de tratar da Juma. Ela ama cenouras e bananas", conta a estudante Maria Rita. "Ela já faz parte da família", relata Eliza, que está aposentada e mora há dois anos no sítio.

Sítio da Coxilha

Rogério Abib Siqueira é morador do bairro Marechal Rondon e encantado por animais em geral. Ele a esposa são donos do Sítio da Coxilha, próximo ao município de Pelotas. "Conheci o projeto bem no início. Levei primeiro o Gil, agora chamado Apollo, um cavalinho bem novinho, com 3 ou 4 anos, de porte pequeno", conta.

Gostou da ideia, conseguiu mais espaço e pegou a égua Harmonia. "A gente nota a mudança de comportamento depois de serem bem tratados. Ela era danada. Hoje é dócil e carinhosa. Come na mão da gente", contextualiza. Além dos cavalos, o casal também adotou a cadela Ivi.

"A Harmonia era muito maltratada, puxava carroça. No sítio ela fica solta, tem liberdade e companhia de outros animais e é cuidada pelo nosso caseiro, o seu Solismar", revela Rogério.

Amor instantâneo

Os adotantes do programa Pocotó meu xodó, têm em comum a paixão pelos bichinhos e seus relatos de apego e amor pelos cavalos que adotam. Assim foi com a família de Maria Rita, Eliza e Dionildo.

Os moradores do Igara, Ilza Maria Santos da Silveira e Sergio Augusto da Silveira, têm um sítio em Triunfo. Por conta do espaço disponível, tiveram a ideia de adotar. No total, já assumiram o cavalo Pé de Pano, a égua Fiona e o jegue Chereck, que já tinham esses nomes antes da adoção. "Gostamos dos nomes, por isso mantivemos. Eles se adaptaram muito bem, engordaram e estão com o pelo bem bonito", diz Ilza.

Eles vivem em harmonia com dois bois na área em Triunfo. "Acho este projeto da Sebea fantástico. Pois propicia a animais com maus tratos, serem adotados e terem a oportunidade de serem bem cuidados e tratados com carinho e amor", defende. Os "pais adotivos" fazem questão de enviar fotos e mostrar o quando os animais estão bem.

Abrigo tem 81 equinos adotáveis

A área do abrigo em que os cavalos recolhidos estão morando, no município de Viamão, tem 65 hectares e 81 cavalos disponíveis para adoção. Segundo o proprietário da empresa licitada para o serviço, Cledson Motta, logo que chegam, ficam separados dos demais em um local de triagem e passam por vários exames clínicos e de sangue. Além dos tratadores e vigilantes à noite, dois veterinários cuidam da saúde dos animais.

Embelezamento para adoção

A área do abrigo em que os cavalos recolhidos estão morando, no município de Viamão, tem 65 hectares e 81 cavalos disponíveis para adoção. Segundo o proprietário da empresa licitada para o serviço, Cledson Motta, logo que chegam, ficam separados dos demais em um local de triagem e passam por vários exames clínicos e de sangue. Além dos tratadores e vigilantes à noite, dois veterinários cuidam da saúde dos animais. Em dia de visita de interessados em adoção, os bichos passam por uma sessão de embelezamento. Corte de crina e escovação para esperarem os futuros tutores fazem parte da rotina. Em visita agendada para o dia 25 de outubro, Zé trovão e Argentino foram adotados. Eles irão ao novo lar no dia 1º de novembro. Para saber como adotar entre no site da Prefeitura de Canoas 

A vida dos cavalos no paraíso

Os cavalos recolhidos das ruas de Canoas estão tendo a oportunidade de terem uma verdadeira “vida de cavalo”. Depois de passarem pela etapa de triagem e detectado que está tudo bem, são liberados para o campo onde passam a viver soltos na pastagem. “Eles são inspecionados, observados e cuidados diariamente, mas vivem livres e à noite se abrigam nos capões de vegetação”, comenta Motta.

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