Sumiço de advogada de São Leopoldo completa quatro meses nesta quarta-feira
Alessandra Dellatorre não foi mais vista desde que saiu de casa para caminhar no dia 16 de julho
O desaparecimento da advogada Alessandra Dellatorre, 29 anos, completa quatro meses nesta quarta-feira (16). Neste período de ausência da jovem, familiares e amigos não mediram esforços para reencontrar Alessandra. A família distribuiu cartazes, gravou vídeos, ofereceu recompensa para quem a localizasse com vida, e também contratou um escritório de advocacia para auxiliar nas buscas pela jovem.
Conforme o advogado Matheus Trindade, que lidera a equipe contratada pela família, a cada dia que passa as informações são mais escassas e, infelizmente, não há pistas efetivas que apontem o paradeiro de Alessandra.
Trindade destacou que as equipes, tanto de investigadores particulares, quanto da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), têm diligências em andamento, mas, para o escritório, a principal hipótese considerada é a de crime.
"Desde o início, descartamos a hipótese de suicídio. Mas, infelizmente, a investigação oficial perdeu muito tempo com essa linha. Ninguém sai para se suicidar com uma garrafa de whey. E as investigações dão conta que Alessandra tinha planos, queria ter a própria casa, viver", explicou Trindade.
O advogado ponderou que a hipótese de fuga também foi cogitada, mas como se passaram quatro meses, e não houve movimentação de contas bancárias ligadas à família, tampouco a jovem entrou em contato com amigos nesse meio tempo, essa é uma linha de investigação que tem se tornado improvável. A tia de Alessandra, Erica Dellatorre, diz que cada dia longe "da pequena" é de desespero e agonia. "Nosso pensamento está nela todo o tempo. Toda a família sofre," lamentou.
Saiu para caminhar
Alessandra foi vista pela última vez no dia 16 de julho. Naquela data, a jovem teria saído para caminhar, um hábito que a família afirma ser comum na rotina da advogada. A polícia recuperou imagens de Alessandra, registradas por câmeras de segurança, no trajeto que a jovem percorreu.
Testemunhas oculares relataram que a jovem teria adentrado a área de mata na Estrada do Horto, mas não houve registro da saída de Alessandra.
O advogado Matheus Trindade relatou que o pai de Alessandra localizou uma garrafa de whey no caminho que a jovem teria feito, que foi encaminhada para perícia, mas até o momento não se obteve resultado.