Falta d'água traz transtornos a moradores do Olaria, em Canoas

Pelo menos 20 famílias do bairro Olaria, em Canoas, estão sofrendo há cerca de seis meses com constantes faltas d'água. Com a chegada do calor, a situação passa a ser ainda mais desconfortável. O presidente da Associação Independente União do Bairro Olaria (Aiubo), Vitor Farias, o Bicudo, relata que por volta do mês de abril deste ano, começou a faltar água e aos poucos foi se agravando ao ponto de não ter uma gota sequer.

“Hoje (17) voltou, está fraca, mas tem água. Ontem, por exemplo, não tinha nada”, conta Bicudo. O presidente comenta que foram feitos vários protocolos e reuniões com a concessionária de água, a Corsan. “Vieram, quebraram asfalto, consertaram o asfalto e não acharam vazamento”, explica.

Na casa de Bicudo moram ele, a esposa e dois filhos adolescentes, que estavam tomando banho de “canequinha”. “A gente até tem caixa, mas não sobe muita água”, comenta. As ruas atingidas são Alberto Rodrigues de Oliveira, Teresa Alexandre de Souza, Jeberson Cabral Duarte e José Luis Konzen.

Bicudo conta que além de diminuir a água, a conta veio mais salgada. Dos habituais R$ 70,00 a R$ 120,00, subiu para R$ 285,00. Em muitas das casas atingidas há grande número de crianças. O morador Edson Silveira Gravi, comenta que durante vários dias só saía ar das torneiras. “Agora está fraca, mas tem. Mais lá para cima, o pessoal segue sem água”, avalia.

Para Carin Farias Costa, a situação está muito ruim. “Desde o temporal estamos nessa função. A água vem um risco só”, destaca. Ela trabalha com marmitas e a falta de água é bastante impactante na rotina. “Temos sempre que encher garrafas com água para poder cozinhar”, diz.

Outro problema é a para lavar as louças, que não são poucas. “Acaba sendo muito demorado pela fraqueza da água. Banho só à noite, muitas vezes tenho que ir na casa da minha mãe tomar banho”, contextualiza. “Também fico com roupas sempre acumuladas, pois não dou conta de lavar”, esclarece. A alternativa utilizada é levar para lavar na casa da mãe.

A Corsan explica que identificou o problema de oscilação e baixa pressão no abastecimento de água que atinge 40 economias na Vila União, bairro Olaria, em Canoas. Depois de descartar a possibilidade de um vazamento invisível naquela região, foi verificado que há uma fuga de água em área de Cachoeirinha, na divisa com o município de Canoas, cujos moradores instalaram redes particulares de água e as ligaram irregularmente ao sistema de abastecimento da Corsan. A Companhia está regulando o sistema de válvulas da rede de abastecimento para minimizar o problema na Vila União o mais breve possível. Também está gestionando o tema das áreas irregulares junto aos órgãos públicos competentes.