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Notícias | Região UM NOVO AMIGO

Saiba quais os requisitos para adotar cavalos resgatados das ruas de Novo Hamburgo

Neste ano, mais de dez animais já foram levados a um abrigo administrado pela Diretoria de Proteção Ambiental (DPA); atualmente, dois animais estão aptos para adoção

Por Joceline Silveira
Publicado em: 18.11.2022 às 15:11 Última atualização: 18.11.2022 às 15:13

Faz pouco mais de dois meses que Napoleão foi encontrado amarrado a uma árvore no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, e levado para o abrigo de animais de grande porte da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA), vinculada a Secretaria de Meio Ambiente, no bairro Hamburgo Velho. O animal e uma carroça foram deixados para trás após um furto mal sucedido. Desnutrido, o cavalo era pele e osso quando foi resgatado. Após 65 dias de cuidados, o ânimo é diferente.

“Parece outro animal. Em um mês já havia recuperado 20% do escore corporal, que é o método para avaliação que permite saber se ele está dentro dos níveis adequados de peso para a idade e a raça. Extremamente dócil, agora ele fica no pasto, caminha, vai para as baias, já habituado à rotina da casa nova”, diz a diretora da DPA, Maya Ruschel.

Napoleão
Napoleão Foto: Joceline Silveira/ GES-Especial
Abandonada em vias da cidade e vítima de maus-tratos, a maioria dos animais de grande porte resgatados pela DPA é encontrada em condições preocupantes, como magreza extrema decorrente de desnutrição, patas bichadas e corpo machucado. “Infelizmente, boa parte dos resgatados é encontrada em situação extrema, no fim da vida e, apesar de todos cuidados, não resiste”, revela Maya.

No trabalho realizado pela equipe - especializada no resgate, no tratamento e na reabilitação de cavalos vítimas de maus-tratos - o foco é retirar esses animais das ruas e de situações violentas para que, após cuidados veterinários, possam encontrar um lar definitivo e saudável. Gostar muito de cavalo e ter um espaço fora da área urbana – sítio ou chácara – são requisitos essenciais para aqueles que têm interesse em levar um deles para casa. "Queremos que os cavalos encontrem um novo lar com muito amor e carinho e que não sejam mais explorados ou maltratados. Por isso, há toda uma preocupação e uma fiscalização sobre estas adoções, que visam garantir que os animais terão um local adequado e que serão bem cuidados", pontua.


A casa nova do Napoleão fica em um endereço bem conhecido dos hambuguenses. O equino mora no Parcão. Por lá, a vizinha de baia, Juju, também aguarda um novo lar. Juju foi resgatada em fevereiro deste ano, no bairro Santo Afonso, debilitada, vítima de maus-tratos. Os agentes da DPA a encontraram deitada na via. Além de magra e suja, ela tinha uma fístula profunda, inchada e com bastante pus na pata esquerda traseira, um pouco acima do casco. Sem saber o nome da égua, a história e quanto tempo ficou vagando sem rumo, os funcionários o batizaram de Juju. O que ninguém imaginava é que a fêmea estava prenha. O potrinho deve nascer no mês de dezembro. Ambos estão aptos à adoção.

Resgates

Somente em 2022, doze animais foram levados ao local ao Parcão, onde são tratados pela equipe de veterinários e cuidadores. Nenhum deles não foi devolvido aos donos, já que apresentavam sinais de maus-tratos. Metade veio a óbito e outra parcela, apta para a adoção, ganhou um novo lar.

O perfil do interessado é analisado junto à Secretaria de Meio Ambiente. Já que os animais são de pasto, impedidos para montaria e trabalho. Segundo Maya, para manter um cavalo, é preciso reservar de R$ 300 a R$ 500 por mês para gastos com ração, medicamentos e vacinas – são cinco por ano. O valor pode variar conforme a situação do cavalo e se ele se alimenta só de ração ou de pasto também.

Para adotar

Os interessados podem entrar em contato no número (51) 3097-1990, também podendo comparecer ao parque localizado na Rua Barão de Santo Ângelo, s/n°, bairro Hamburgo Velho, em horário comercial.

Critérios

É verificado se há histórico de maus-tratos – de qualquer tipo de animal – e ocorrências criminosas, se a pessoa vai deixar o cavalo em um lugar apropriado e se tem condições para manter o bicho. Essa consulta é feita para garantir que o cavalo não volte a uma condição de sofrimento.

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