Historiador de Novo Hamburgo publica livros sobre pomeranos

Após anos de estudos e nove livros sobre a história dos pomeranos no Brasil, o historiador José Carlos Heinemann, morador de Novo Hamburgo, vai publicar dois livros, o "Narrativas que nossas avós Contaram" e o "Da Pomerânia ao Brasil". Os exemplares serão distribuídos gratuitamente e enviados para escolas públicas e núcleos das Comunidades Luteranas do Rio Grande do Sul e mais cinco Estados do Brasil, incluindo Espírito Santo, região na qual o historiador iniciou a pesquisa sobre os descendentes pomeranos.

Segundo Heinemann, na segunda-feira (5) as obras já estarão a caminho dos seus destinos.

"Os Estados de Rondônia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul serão contemplados com a obra, em uma logística fabulosa", ressalta o historiador. A obra "Narrativas que nossas avós contaram" fala sobre contos e lendas da Pomerânia e "Da Pomerânia ao Brasil" conta a história de imigrantes, sobre as famílias Ullrich, Hinz e Jennrich.

Formado em Teologia e História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Heinemann dedicou parte de sua vida atendendo comunidades rurais no interior do Espírito Santo e lá conheceu descendentes pomeranos e procurou pesquisar sua história, costumes e a língua pomerana. Atualmente aposentado, o historiador se dedica a escrever livros e ministra palestras sobre os pomeranos pelo Brasil. "Sou conhecido pelos colegas que estudam a língua e a história pomerana como maior autoridade no assunto a nível de Brasil. Para o próximo ano já tenho palestras marcadas em cidades do País", acrescenta Heinemann.

Os últimos 57 anos na Pomerânia foram terríveis. "O exército de Napoleão Bonaparte ocupou a Pomerânia desde 1807 a 1813. Igrejas foram incendiadas e livros de registros desapareceram. Por isso, é uma honra contar um pouco da história desse povo", diz Heinemann.

Imigrantes se espalharam por várias regiões do País

Conforme explica o historiador José Carlos Heinemann, em 1857 chegaram os primeiros pomeranos no Brasil, onde foram rumo à Colônia Santo Ângelo, atual cidade de Agudo. Dois meses depois foi a vez de São Lourenço do Sul. "Os filhos da primeira imigração foram depois para Turuçu, Canguçu e Camaquã. Com a Segunda Guerra Mundial a Pomerânia deixou de existir e hoje restam poucos núcleos de pomeranos, porém com bastante idade", conta Heinemann.

Ainda segundo Heinemann, no Espírito Santo os descendentes foram para Porto do Cachoeiro, atual cidade de Santa Leopoldina, em 1859 e por último Pomerode Fundos em 1863. "Atualmente os descendentes pomeranos estão se espalhando cada vez pelo Brasil. Mas hoje, calcula-se que são cerca de 420 mil descendentes de pomeranos no Brasil.

No Rio Grande do Sul com aproximadamente 155 mil descendentes, Santa Catarina com 35 mil, Paraná em torno de 5 mil, Espírito Santo 185 mil de Rondônia com 45 mil", explica o historiador.

Para adquirir um exemplar, o pedido pode ser realizado, sem custos, através do e-mail diretamente com o historiador: joseheinemann@gmail.com.