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Notícias | Região BELEZA

Leopoldense disputa hoje à noite o título de Miss Brasil Trans

Final do concurso de beleza acontece a partir das 20 horas, em São Paulo. Técnica em enfermagem e ativista das causas LGBTQIA+, Luanna Isabelly, 28 anos, luta pela educação e qualificação profissional de mulheres trans

Por Renata Strapazzon
Publicado em: 05.12.2022 às 14:37 Última atualização: 05.12.2022 às 14:38

Ocorre nesta segunda-feira (5) a partir das 20 horas a final do Miss Brasil Trans. O evento, no Clube Piratininga, região central de São Paulo, terá torcida especial do Vale do Sinos. Eleita Miss Trans Rio Grande do Sul, a leopoldense Luanna Isabelly, 28 anos, representará o Estado na seletiva.  Moradora do Centro de São Leopoldo, Luanna é técnica em enfermagem, ativista das causas LGBTQIA+ e  luta pela educação e qualificação profissional de mulheres trans.

Miss trans Luanna Isabelly
Miss trans Luanna Isabelly Foto: Divulgação

“Nunca sonhei em ser miss, mas sempre quis poder fazer algo pelas mulheres trans da minha cidade, do meu estado, e quem sabe até do meu País. E os concursos de beleza, no meu ponto de vista, vêm cada vez mais associados a uma beleza com propósito. Já foi aquele tempo em que a miss só tinha que ser bonita. Hoje ela tem que ser completa. Além da beleza física, ela tem que estar envolvida em projetos e ações sociais para a sua classe, para todas as minorias”, diz. E este projeto, Luanna já tem bem definido e o leva a todos os concursos que participa.

“A pauta que eu sempre coloco nos meus concursos é que as mulheres trans devem ser inseridas na sociedade através da educação. Acredito que incentivar as mulheres trans do nosso País a concluírem o ensino médio, a terem uma formação técnica e profissional abre janelas e portas para que elas não sejam julgadas pelas suas condições de vida, e sim pelo exercício de suas funções. Não se trata de uma escolha ser mulher trans, é uma condição de vida, de gênero. E quando se tem uma formação, quando conseguimos concluir os nossos estudos, conseguimos nos infiltrar em meio à sociedade sem sermos apontadas e sem sermos vistas como um objeto sexual. Conseguimos afastar nossa imagem disso para poder exercer nossas funções sem sermos julgadas por sermos mulher trans”, afirma.

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