Parentes de pacientes mortos relatam cirurgias trágicas de médico investigado em Novo Hamburgo
Perfurações de intestino, pâncreas e aorta, além de pulmão 'colado' à pele e retirada de umbigo, estão entre as denúncias contra o profissional, que se diz inocente
Pacientes e familiares relatam procedimentos trágicos do médico de Novo Hamburgo João Couto Neto, 46 anos, investigado por cinco mortes após cirurgias. Há outras nove denúncias em razão de sequelas. O profissional afirma que as queixas não procedem. Nesta segunda-feira (12), ele foi proibido pela Justiça de operar por seis meses.
O caso mais recente documentado é de abril deste ano, que resultou na morte de um hamburguense de 69 anos. Submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal, teve o intestino perfurado. Um "buraco" no órgão teria provocado infecção generalizada.
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Abdome retalhado
Em outubro de 2015, conforme a representação criminal, um funcionário público de 44 anos teve o abdome retalhado em cirurgia que era para ser simples, de retirada de hérnia inguinal. Descobriu mais tarde que a veia aorta havia sido cortada e costurada. Precisou de mais quatro cirurgias para reparar o erro, mas segue com sequelas, e terá que ser operado de novo.
Outra paciente, de 61 anos, teve a pele "colada" ao pulmão após operação de hérnia inguinal, há três anos. Além disso, segundo apontado, o médico tirou o umbigo da mulher.
O primeiro caso documentado é de julho de 2010, em que um hamburguense de 60 anos, submetido a cirurgia de retirada de vesícula, morreu após novas internações. Conforme apurado, ele teve o pâncreas perfurado durante o procedimento.