Vale do Sinos inicia 2023 sem filas de espera na Educação Infantil

Prefeituras das cidades do Vale do Sinos conseguem zerar a fila de espera por vagas em escolas de educação infantil na faixa de zero a 3 anos de idade. Em Novo Hamburgo, teve 1.500 crianças foram inscritas e contempladas para as vagas nas creches, que iniciam as atividades em fevereiro de 2023. “Temos cerca de 4 mil alunos em creche e zerar a fila é resultado da construção de seis novas escolas em seis anos e teremos mais uma instituição no ano que vem, em Santo Afonso”, declara a secretária de Educação de Novo Hamburgo, Maristela Guasselli.

Em Sapiranga, Campo Bom, Parobé, Dois Irmãos e Ivoti também houve contemplação total dos inscritos. “Apenas ficarão em fila de espera aqueles que conseguiram vaga em uma instituição mais longe de casa e que os pais ou responsáveis não aceitaram a vaga. Tirando isso, não temos fila”, diz a secretária de Educação de Ivoti, Cristiane Spohr.

Em Dois Irmãos, a fila é zerada devido ao convênio com a Fundação Assistencial de Dois Irmãos (FADI). “Nossa demanda tem aumentado bastante no mês de dezembro, de famílias buscando atendimentos para 2023. Teremos vagas para ofertar em nossas unidades para todas as crianças inscritas na lista hoje”, salienta a secretária de Educação da cidade, Denise Maldaner.

Estância Velha, por sua vez, teve 480 crianças inscritas para a educação infantil e 406 foram contempladas com as vagas. A Secretaria de Educação do município, ressalta que a cidade vem estudando maneiras para zerar a fila de espera, como a ampliação de oferta de vagas através de convênio e a construção de uma nova escola no bairro Lago Azul.

Acesso à Escola para todos

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) defendeu que as prefeituras devem garantir vagas na educação infantil para todas as crianças, independentemente da faixa etária. Atualmente, a matrícula de crianças de 4 e 5 anos é obrigatória e facultativa para as crianças de zero a 3 anos.

Entretanto, o Plano Nacional da Educação (PNE) estipulou como meta que os municípios brasileiros atendam ao menos metade da demanda deste público até 2024. "O Plano Nacional de Educação foi ignorado por um canetaço. E isso num contexto de menos políticas e programas federais voltados para a abertura de vagas nas creches. No âmbito nacional, não tem como atender isso sem uma política de financiamento”, reforça Maristela.