Publicidade
Notícias | Região RS-239

Desvio de Campo Bom faz pedágio perder 71% dos veículos, diz EGR

Presidente da estatal, Luiz Fernando Záchia quer negociar com município solução para fechamento do desvio

Publicado em: 06.04.2023 às 20:21

O presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luis Fernando Záchia, afirma que a possibilidade de desvio do pedágio da RS-239, em Campo Bom, faz com que 71% dos veículos que passam pelo trecho deixem de pagar a tarifa.

Bloqueio e desbloqueio da RS-239 junto ao pedágio
Bloqueio e desbloqueio da RS-239 junto ao pedágio Foto: Matheus Chaparini / GES-Especial
De acordo com a EGR, a abertura de uma vala, bloqueando o acesso à Rua João Lampert, é motivada por uma obra de drenagem. Záchia afirma que, ainda assim, a empresa quer negociar uma solução para a perda de arrecadação do pedágio. O diretor afirma que as tratativas já estão em andamento há cerca de um mês.

“Tem uma evasão de 71% do pedágio. Temos que achar uma solução que não prejudique os moradores da região nem o desenvolvimento econômico do município. Mas temos um acompanhamento pelas câmeras e a grande maioria dos que acessam a João Lampert, são os que voltam na quadra seguinte. Está estimulando a fuga do pedágio”, afirma Záchia.


O diretor presidente da empresa alega que, à medida em que o pedágio perde contribuintes, a empresa fica com menos recursos para fazer a manutenção da rodovia. “Temos que pensar no todo”, conclui.

Záchia afirma que uma alternativa seria isentar os moradores do município do pagamento da tarifa.

Obra de drenagem

A EGR informou que a valeta foi aberta para a execução de uma obra de drenagem. No local devem ser instaladas duas caixas coletoras e um encanamento, para evitar o acúmulo de água na pista. Záchia afirma que a ideia era realizar um trabalho rápido, de no máximo dois dias.

No entanto, a obra deve atrasar, em função do desbloqueio, do rompimento de um cabo de energia no local e da chuva. Com isso, a obra deve ser retomada somente após o feriadão de Páscoa.

Em relação aos apontamentos de que a obra não foi comunicada previamente e não constava nos cronogramas divulgados pela EGR, Záchia afirma que não havia essa necessidade.

“À prefeitura eu não tinha que comunicar, porque é feito dentro da área de domínio da rodovia, não entrei um centímetro na área do município. E o comunicado da EGR não é para quando é uma intervenção rápida. Era para ser de um dia para o outro. A ideia era começar na quarta e encerrar na quinta”, diz.

O que diz o prefeito

O prefeito Luciano Orsi afirma que a abertura de uma via em frente ao supermercado Maxfort foi necessária para o desenvolvimento do loteamento industrial e já estava prevista na época da criação do loteamento, cerca de 40 anos atrás. Orsi afirma que há ao menos mais um empreendimento de grande porte previsto para aquela via, em análise na prefeitura.

“Entendo a questão da EGR, mas o município não pode pautar seu desenvolvimento por conta da praça do pedágio. Principalmente o que já estava assegurado antes da instalação do pedágio”, afirma.

Orsi aponta duas possíveis saídas para o impasse: a criação de uma terceira pista, com acesso ao loteamento industrial e a isenção da tarifa para moradores de Campo Bom. “Com essas duas coisas, a gente pode começar a conversar. Mas não dessa maneira, se abrindo um buraco na via de um dia para o outro, com o argumento de uma obra, sendo que não tem cano, nem máquina, nem ninguém trabalhando no local”.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas
Botão de Assistente virtual