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Notícias | Região SAÚDE

Estoques de insulina são monitorados após escassez internacional

Região está com quantidade normal. União, que faz as compras, informa estar em compra emergencial

Publicado em: 07.04.2023 às 03:00 Última atualização: 11.04.2023 às 14:27

Municípios da região monitoram a situação da insulina análoga de ação rápida, depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) fez um alerta de que o medicamento poderia entrar em falta no Sistema Único de Saúde (SUS). As cidades de Novo Hamburgo, Ivoti, Dois Irmãos e Campo Bom informam que o medicamento está acessível em seu estoque.

Rafael Alves e a farmacêutica Gisele Ribeiro
Rafael Alves e a farmacêutica Gisele Ribeiro Foto: Susi Mello/GES-Especial

Nesta quinta-feira (6), a Secretaria Estadual de Saúde informou que no momento está com o fornecimento regularizado de análogo de insulina de ação rápida, medicamento cuja aquisição é de responsabilidade da União.

"O Ministério da Saúde comunicou os Estados através de uma nota informativa enviada em 3 de abril que está em processo de compra emergencial, para atendimento da demanda brasileira por 180 dias. O MS também referiu que a compra estava na fase de qualificação técnica (avaliação dos documentos enviados pelas empresas)", esclareceu nota.

Estoque

Em Novo Hamburgo, a Secretaria Municipal de Saúde frisa que não recebeu comunicado oficial dos governos federal e estadual sobre eventual baixa no estoque ou falta de insulina de ação rápida.


O gerente da assistência farmacêutica da SMS, Rafael Alves, diz que saiu na mídia que haveria um possível desabastecimento da insulina de ação rápida, mas não chegou nada oficial. "Temos insulina de ação rápida disponibilizada no Município, na Farmácia Comunitária", salienta.

A farmacêutica Gisele Ribeiro, responsável pelo setor de medicamentos especiais em Novo Hamburgo, explica que o Município buscará remessa de insulina na SES em 12 de abril, ficando disponível para a população dia 13. "E há previsão de fornecimento da insulina análoga de ação rápida", salienta.

Preocupação é com o remédio de ação rápida

Conforme a Associação Riograndense de Apoio ao Diabético (Arad), a insulina rápida ou regular começa a agir em 30 a 60 minutos e, tem seu pico de ação entre duas a quatro horas e duração de ação de seis a oito horas. Já a insulina ultrarrápida - lispro, asparte ou glulisina - começa a agir em menos de 15 minutos, tem seu pico de ação em uma a duas horas e duração de ação de três a quatro horas. "Sendo assim, deve ser usada em menos de 15 minutos antes da refeição, ou mesmo durante a refeição. Evita casos de hipoglicemia tardia", salienta Rosane Blankenheim, presidente da unidade de Novo Hamburgo da Arad.

"Se eles não conseguirem fazer a compra das canetas, eles vão fazer de frascos, o que será um retrocesso no tratamento. As pessoas vão utilizar seringas, os frascos precisarão de frasco térmico e se precisar parar a insulina regular, será necessário passar pelo médico porque as quantidades são diferentes e seu efeito no corpo também. Esse é o tamanho do problema", explica Rosane.

Ministério confirma dificuldade para compra

Ao Jornal NH, por meio de nota, o Ministério da Saúde informa que há dificuldade de aquisição da insulina análoga de ação rápida e que , por falta de capacidade de oferta dos fornecedores internacionais com registro no Brasil, não foram apresentadas propostas para atender à demanda do Ministério da Saúde nos pregões abertos pela pasta.

A mesma nota diz que as insulinas regulares mais consumidas estão com estoque adequado e o caso da insulina análoga de ação rápida está sendo tratado com máxima prioridade junto aos fornecedores internacionais para garantir o atendimento da população.

Simultaneamente, em parceria com os Estados, o Ministério da Saúde informa que realiza o levantamento dos estoques e processos vigentes de compra para acompanhar o processo com transparência. A pasta pode inclusive ressarcir os Estados mediante compras descentralizadas.

O Ministério da Saúde está com uma estratégia de apoio à produção local de produtos essenciais para o SUS para reduzir dependência do mercado internacional.

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