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Notícias | Região GRUPOS REFLEXIVOS

Canela inicia trabalho com homens na luta contra a violência doméstica

Os Grupos Reflexivos de Gênero são voltados a homens agressores com o objetivo de diminuir a reincidência dos crimes

Publicado em: 08.04.2023 às 10:51

Através de uma parceria entre os poderes Judiciário e Executivo de Canela, os Grupos Reflexivos de Gênero iniciaram as reuniões na quarta-feira (5). Esses grupos são voltados para homens agressores de mulheres, cujas vítimas buscam medidas protetivas contra os indivíduos. O objetivo das turmas é claro: diminuir a reincidência dos crimes de violência doméstica.

Quem comanda os trabalhos da equipe em Canela é a assistente social Silvia Cristina Ferreira Maciel, que virá de Sapiranga a cada quinze dias para encontrar com um grupo de 40 homens.

Equipe de Sapiranga Iasmin Naissinger, Silvia Maciel e Kelly da Rosa
Equipe de Sapiranga Iasmin Naissinger, Silvia Maciel e Kelly da Rosa Foto: Nicoli Saft/GES-ESPECIAL
Silvia tem formação específica para realizar os Grupos Reflexivos de Gênero, obtida pelo Tribunal de Justiça do Estado. Ela já aplica seus conhecimentos em Sapiranga, e está no processo de formação de grupos também nas cidades de Campo Bom e Esteio.

Reflexão

"Os grupos são momentos de abordagem reflexiva com os homens, fazendo avaliações da conduta, trabalhando com a escuta de cada um, de cada situação, e dando os devidos acompanhamentos nas situações que envolvem substâncias psicoativas, alcoolismo, situações generalizadas de comportamento desses homens", conta Silvia.

Conforme a assistente social, os homens quando chegam nos encontros não sabem o porquê estão ali. Entretanto, com o trabalho, buscam até mesmo dar depoimentos sobre o trabalho desenvolvido e as mudanças proporcionadas para os próximos participantes.

"Se um dos homens dos grupos sair com a reeducação, já estou fortalecida", declara.

Funcionamento

Os homens são intimados para que participem dos grupos no momento em que são expedidas as medidas protetivas. Já constam os horários e locais dos seis encontros que eles devem participar. A cada dois encontros que não comparecem, é considerado descumprimento de medida, o que pode ocasionar multa e prisão.

Além da assistente, um psicólogo e um advogado acompanham. "Então, convidamos delegados, juízes e promotores, o Conselho Tutelar, a Patrulha Maria da Penha e profissionais da área da saúde para conversar com os homens, fazer essa aproximação." A ideia, ainda, é que os homens possam ter um maior entendimento do que acontece quando se há uma medida protetiva.

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