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Já ouviu falar em 'steel frame'? Conheça o modelo construtivo permitido em Sapiranga

Atualização no Código de Obras e Edificações do município do Vale do Sinos permite, agora, construções neste formato

Publicado em: 02.05.2023 às 19:12 Última atualização: 02.05.2023 às 19:15

A Câmara de Vereadores aprovou o novo Código de Obras e Edificações de Sapiranga nesta segunda-feira (2). O texto agora segue para a sanção da prefeita Carina Nath (PP). O município do Vale do Sinos atualizou o Plano Diretor em 2019 e ainda aguardava para adequar outras legislações para consolidar o conjunto de diretrizes urbanísticas da cidade.


Vinícius de Kayser Ortolan
Vinícius de Kayser Ortolan Foto: Divulgação/Feevale


Entre as mudanças nos padrões construtivos que passam a vigorar está o Light steel frame. Segundo o professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Feevale, Vinícius de Kayser Ortolan, o estilo surgiu nos Estados Unidos durante o século 19. Este modelo utiliza o aço galvanizado como principal elemento estrutural. 

"Período este no qual se viu um grande crescimento populacional seguido por um déficit habitacional, que estimulou o desenvolvimento de novas tecnologias para sistemas construtivos que pudessem suprir a crescente demanda por novas habitações", explica.

"Neste tipo de sistema construtivo, a vedação da edificação é constituída por painéis, ou placas, que possuem grande flexibilidade quanto ao acabamento exterior e interior da edificação e que podem ser compostas por diferentes tipos de materiais, como madeira, placas cimentícias, painéis de alumínio composto (ACM) ou gesso acartonado", acrescenta o professor.

Como é composto por perfis de aço de menores espessuras, alia benefícios como a rapidez na execução da obra, redução no peso do edifício e menos desperdício de materiais. "Entretanto, por ser um sistema mais leve, edificações com esse sistema possuem um número máximo de pavimentos, comumente não ultrapassando de cinco andares", pondera Ortolan.

O modelo é utilizado no país de origem, mas também é adotado em países europeus, mas também acabou se tornando frequente no continente asiático e na Oceania. Já no Brasil, passou a ser utilizado especialmente a partir da década de 1990.

"Aplicado principalmente em edificações residenciais e divisórias internas em edifícios comerciais, se consolidando, principalmente nos últimos anos, como uma importante solução na construção de edificações de tipologias e características arquitetônicas diversas", complementa o professor ao sublinhar o uso em território nacional.

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