Ex-secretário estadual da Cultura lança o livro "Valeu a pena", escrito na pandemia
Obra tem lançamento nesta segunda-feira (8) em Porto Alegre
As incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus mexeram com os sentimentos de muitas pessoas e com o economista e ex-secretário de Cultura do Rio Grande do Sul – na gestão de Germano Rigotto-, Roque Jacoby, não foi diferente.
Para tentar aliviar os sentimentos controversos estimulados pelo isolamento social e organizar as ideias, Jacoby, que também foi secretário da Cultura de Porto Alegre, entre 2013 e 2016, começou a pesquisar e, escrever sobre a pandemia enquanto resgatava a história de seus antepassados, imigrantes alemães que fixaram residência no Vale dos Sinos.
Catarinense e filho de agricultores gaúchos, Jacoby explica que sentiu a necessidade de deixar um registro para que sua trajetória fosse melhor conhecida pelas duas netas, Julia e Rebecca.
“Com uma netinha de seis meses me dei conta que se algo comigo acontecesse ela jamais conheceria algumas histórias do avô. Aproveitei para registrar a evolução da pandemia enquanto resgatava a minha trajetória. Descobri neste levantamento que meus antepassados alemães inicialmente se fixaram no Vale dos Sinos e posteriormente foram para a região de Estrela e Lajeado, e se dispersaram depois Brasil afora”, revela.
Meses depois, sem pretensão alguma, surgiu "Valeu a pena - Memórias escritas na pandemia". A obra será lançada pela Editora Besouro Box na segunda-feira (8), às 18h, no Chalé da Praça XV, em Porto Alegre.
No livro, há também muitas lembranças da infância, da vida no seminário em São Paulo, onde estudou nos anos 1960, porque a pandemia foi um período em que a nostalgia esteve em alta para Jacoby. “O livro é uma homenagem de gratidão à vida e aos amigos que comigo conviveram”.
Questionado sobre o trocadilho do título, o autor explica que há três interpretações. “O título pode ter três versões. Valeu a pena, foi valiosa a trajetória de vida. A pena (a caneta) contribuiu com os livros lidos e editados; E alguém poderia entender que a pena foi-me um castigo”, brinca.
