Veja como paralisação dos motoristas de aplicativo impactou usuários do serviço na região

A paralisação nacional dos motoristas de aplicativos, organizada para esta segunda-feira (15), não causou grandes impactos para os usuários do serviço na região. Quem sentiu mais os efeitos da greve foram os passageiros que acessaram os aplicativos no início da manhã onde já encontravam um aviso de que os preços estavam acima da média e com o tempo de espera dentro da normalidade.

"Esperei uns seis minutos, um pouco mais que o normal, mas nada absurdo e o preço também estava dentro da média", disse Roger Lazzaretti, de 33 anos, usuário do transporte por aplicativos, que solicitou uma corrida no começo desta manhã de Novo Hamburgo para Campo Bom.

Outros passageiros entrevistados pela reportagem não tiveram a mesma sorte. Casos de atrasos e cancelamentos foram relatados, entretanto sem alterações no preço. Como foi o caso de uma moradora de Novo Hamburgo. A jovem de 30 anos, que preferiu não se identificar, conta que pediu um carro às 8h17 para ir ao trabalho e a corrida só foi aceita após algumas tentativas, já que os motoristas aceitavam e, em seguida, cancelavam. Doze minutos depois da primeira tentativa, ela afirma que a corrida foi aceita.

A paralisação consiste em um "day off", ou seja, 24 horas sem atividade. A manifestação deve se estender até as 4 horas desta terça-feira (16). A categoria reivindica que o valor das corridas seja de pelo menos 10 reais (hoje não há esse limite mínimo), aumento do valor pago pelo quilômetro rodado (passando de 1 real para 2 reais) e redução do percentual descontado pelas empresas nas corridas.

Carina Trindade, presidente do Sindicato Individual de Motoristas de Transporte por Aplicativo do Rio Grande do Sul (Simtrapli-RS), afirmou através das redes sociais da entidade que a adesão foi razoável. A estimativa era que 60% da categoria tenha desligado o aplicativo durante a paralisação.