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Notícias | Região INTERDITADA

Escola corre risco de desabar e tem problemas com extintores e rede elétrica; saiba o que será feito com alunos

Colégio estadual interditado neste mês fica no bairro Scharlau, em São Leopoldo

Publicado em: 16.05.2023 às 13:22 Última atualização: 17.05.2023 às 08:56

Dezenas de pais e estudantes da Escola Estadual Professor Victor Becker, protestaram na manhã desta terça-feira (16) contra a interdição do local. A escola, localizada na Vila Glória, no bairro Scharlau, em São Leopoldo, foi interditada no último dia 5 de maio pelos Bombeiros.

Após vistoria, a corporação notificou o educandário pela falta de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) e por o local apresentar risco de incêndio e desmoronamento.

Pais e alunos realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (6), em frente à escola
Pais e alunos realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (6), em frente à escola Foto: Acervo pessoal

Desde então, os mais de 480 alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental ao terceiro do Ensino Médio, estão tendo aulas on-line pela plataforma Classroom e tiram dúvidas com os professores pelo WhatsApp.

No entanto, uma nova alternativa, com a realocação dos alunos em outras escolas enquanto as melhorias necessárias na Victor Becker não acontecem, deverá ser realizada em breve.

De acordo com a diretora Jaqueline Bocorny, os alunos do Fundamental 1, que compreende de 1º ao 5º ano deverão ser realocados na escola Doutor Mário Sperb, no bairro Campina.

Já os alunos do Fundamental 2, de 6º a 9º anos deverão ter aulas na escola Olindo Flores, também na Scharlau. A dificuldade, segundo Jaqueline, é a realocação dos estudantes do Ensino Médio.

“O único lugar disponível é na Caldre Fião (no bairro Fião), que fica muito longe da nossa escola. Para que os nossos estudantes conseguissem ir até lá, o Estado teria de disponibilizar transporte fretado”, comenta a diretora.

Conforme ela, a situação gera receio de que aconteça algo semelhante ao ocorrido durante a pandemia, quando a escola acabou perdendo muitos estudantes.

“Muitos vão evadir, pedir transferência. A evasão é a nossa maior preocupação. Sabemos as particularidades de cada um dos nossos alunos, temos com eles um vínculo muito forte, que será quebrado”, desabafa.

Segundo a diretora, a situação já foi avaliada por técnicos da Secretaria de Obras Públicas (SOP) que deve emitir laudos nos próximos dias. Já em relação ao PPCI, a estimativa, conforme Jaqueline, é de que o documento seja concluído em até seis meses.

Extintores vencidos e rachaduras

Conforme a diretora, durante a vistoria, os Bombeiros verificaram que os extintores de incêndio da escola estavam vencidos. Além disso, foi constatada, ainda, fiação exposta e fissuras na parede. De acordo com Jaqueline, melhorias já tinham sido iniciadas no local, mas foram paralisadas por falta de verba.

“Depois de terem ocorrido alguns curtos-circuitos, já estávamos providenciando a reforma da parte elétrica, mas o serviço precisou ser parado por falta de dinheiro”, lamenta.

Aluna do segundo ano do Ensino Médio, Byanca Weber Adler, 17 anos, participou do protesto na frente da escola. Ela diz temer pela perda do ano letivo. “Depois da pandemia, quando não aprendemos praticamente nada com as aulas on-line, voltamos para esta mesma situação. Será mais um ano perdido”, comenta.

Seduc trabalha para a desinterdição da escola

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que os engenheiros da Secretaria de Obras Públicas (SOP) já estiveram no local para a realização da vistoria e que foram constatados reparos necessários na parte elétrica e redistribuição de equipamentos de proteção contra incêndio para permitir uma possível desinterdição parcial do prédio.

“Esta desinterdição está sendo coordenada pelo Ministério Público. Os reparos deverão ser realizados sob coordenação da SOP via repasse de recursos do Agiliza”, diz o texto, sem precisar valores que deverão ser investidos nas melhorias, nem a previsão de quando os alunos deverão poder voltar à escola.  

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