Bebê de oito meses é levado ao hospital com fraturas e casal é investigado por tortura
Menino foi recolhido por agentes do Conselho Tutelar e levado para uma casa de acolhimento em Sapiranga; caso é apurado pela Polícia Civil
Um bebê de oito meses foi levado pela mãe, de 23 anos, e pelo padrastro, de 26, para receber atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sapiranga na tarde de sexta-feira (2). Ao constatar que o menino estava com diversas fraturas pelo corpo, a equipe da UPA encaminhou ele ao Hospital Sapiranga.
A mãe afirmou à casa de saúde que a criança havia caído de um andador. Porém, a equipe médica desconfiou que pudesse se tratar de uma situação de maus-tratos ou negligência. Desta forma, agentes do Conselho Tutelar e da Brigada Militar (BM) foram chamados ao local.
O conselheiro tutelar Vanderlei Rodrigo de Araújo conta que ele e duas colegas foram ao hospital no fim da tarde de sexta. Segundo ele, o menino foi liberado às 21 horas. Em nota, o Hospital Sapiranga disse que "o paciente foi atendido na sexta, recebeu alta e está sob responsabilidade dos órgãos competentes". Após a liberação hospitalar, o bebê foi para uma casa de acolhimento no município, onde seguia na tarde desta segunda-feira (5).
Menino estava com diversas fraturas
Araújo explica que a criança foi atendida por um médico, que apresentou as fraturas aos agentes do Conselho Tutelar. "Ele mostrou a perna, o bracinho e o corpinho, que tem luxações."
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De acordo com o conselheiro tutelar, a suspeita de negligência já existia na cidade de Cambará do Sul, onde o casal morava. Ele diz que eles vieram para Sapiranga, onde a mulher tem familiares, na madrugada de sexta-feira.
Casal foi preso
Após a avaliação da equipe médica e dos conselheiros tutelares, o casal foi levado pelos policiais militares para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo, onde foram presos em flagrante.
Conforme Araújo, a mãe do menino foi liberada e recebeu da Justiça uma medida protetiva que impede ela de se aproximar do filho.
O delegado Clóvis Nei da Silva, titular da Delegacia de Sapiranga, afirma que a mulher recebeu liberdade provisória e foi encaminhada para avaliação psiquiátrica. O homem teve a prisão preventiva decretada pelo judiciário.
Conforme o delegado, "o registro do flagrante foi por tortura, mas será avaliado durante o inquérito, dependendo de exames de laudos para verificar os crimes que foram praticados". O menino passará por perícia forense para identificar a causa das fraturas.