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Bebê de oito meses é levado ao hospital com fraturas e casal é investigado por tortura

Menino foi recolhido por agentes do Conselho Tutelar e levado para uma casa de acolhimento em Sapiranga; caso é apurado pela Polícia Civil

Publicado em: 05.06.2023 às 14:37

Um bebê de oito meses foi levado pela mãe, de 23 anos, e pelo padrastro, de 26, para receber atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sapiranga na tarde de sexta-feira (2). Ao constatar que o menino estava com diversas fraturas pelo corpo, a equipe da UPA encaminhou ele ao Hospital Sapiranga.

Bebê é levado ao hospital com fraturas pelo corpo e Justiça afasta criança da mãe; caso é investigado pela Delegacia de Sapiranga
Bebê é levado ao hospital com fraturas pelo corpo e Justiça afasta criança da mãe; caso é investigado pela Delegacia de Sapiranga Foto: Polícia Civil

A mãe afirmou à casa de saúde que a criança havia caído de um andador. Porém, a equipe médica desconfiou que pudesse se tratar de uma situação de maus-tratos ou negligência. Desta forma, agentes do Conselho Tutelar e da Brigada Militar (BM) foram chamados ao local.

O conselheiro tutelar Vanderlei Rodrigo de Araújo conta que ele e duas colegas foram ao hospital no fim da tarde de sexta. Segundo ele, o menino foi liberado às 21 horas. Em nota, o Hospital Sapiranga disse que "o paciente foi atendido na sexta, recebeu alta e está sob responsabilidade dos órgãos competentes". Após a liberação hospitalar, o bebê foi para uma casa de acolhimento no município, onde seguia na tarde desta segunda-feira (5).

Menino estava com diversas fraturas

Araújo explica que a criança foi atendida por um médico, que apresentou as fraturas aos agentes do Conselho Tutelar. "Ele mostrou a perna, o bracinho e o corpinho, que tem luxações."


Para os conselheiros, o médico teria dito que a perna inchada do bebê não seria uma consequência de queda. "O doutor falou que não tem como ser queda de andador, que foi uma pancada com alguma coisa." Araújo destaca que não é possível afirmar com precisão se as fraturas foram causadas por violência, mas que a criança aparentava ser malcuidada.

De acordo com o conselheiro tutelar, a suspeita de negligência já existia na cidade de Cambará do Sul, onde o casal morava. Ele diz que eles vieram para Sapiranga, onde a mulher tem familiares, na madrugada de sexta-feira.

Casal foi preso

Após a avaliação da equipe médica e dos conselheiros tutelares, o casal foi levado pelos policiais militares para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo, onde foram presos em flagrante.

Conforme Araújo, a mãe do menino foi liberada e recebeu da Justiça uma medida protetiva que impede ela de se aproximar do filho.

O delegado Clóvis Nei da Silva, titular da Delegacia de Sapiranga, afirma que a mulher recebeu liberdade provisória e foi encaminhada para avaliação psiquiátrica. O homem teve a prisão preventiva decretada pelo judiciário. 

Conforme o delegado, "o registro do flagrante foi por tortura, mas será avaliado durante o inquérito, dependendo de exames de laudos para verificar os crimes que foram praticados". O menino passará por perícia forense para identificar a causa das fraturas.

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